Acervo: Luiz Henrique Torres. |
O tema "Dirigível Zeppelin" deixou uma série de produtos de cartofilia e filatelia que possibilita -no presente-, estudos destas representações imagéticas.
Um destes produtos é a coleção de três selos emitidas em 1930 para demarcar o primeiro voo comercial do Brasil com a Europa e do Brasil com os Estados Unidos (colocação de um carimbo preto USA).
Estes selos eram utilizados nas correspondências levadas pelo Graf Zeppelin e basicamente já garantiam os custos financeiros de transposição do Oceano Atlântico. Os passageiros eram outra fonte de recursos para viabilizar estas viagens internacionais.
Observamos três selos desta série com valores de 5.000, 10.000 e 20.000 réis mostrando o dirigível navegando a baixa altitude tendo a poucos metros um Oceano muito agitado. Uma embarcação a vela foi desenhada para evidenciar a lentidão da travessia marítima quando realizada com navios. Em 1930 a maioria dos navios eram movidos a vapor e não a vela, mas, a imagem buscou enfatizar o moderno em comparação com o arcaico.
Acervo: Luiz Henrique Torres. |
De certa forma o Zeppelin assinala um marco histórico da modernidade tecnológica em que uma viagem aérea permitia transpor o Oceano Atlântico em no máximo 3 dias e um navio levava 3 semanas ou até mais. Os aviões nas décadas seguintes tomaram o lugar dos dirigíveis e encurtaram as distâncias entre os continentes.
A noção de temporalidade se modificou radicalmente com as viagens aéreas. O deslocamento pelo ar se tornou essencial não apenas para o deslocamento de pessoas e mercadorias, mas, para o controle de espaços aéreos e poderio bélico de defesa ou ataque. Incluindo o desenvolvimento de mísseis intercontinentais que podem transportar ogivas nucleares.
Em 1930, o dirigível Graf Zeppelin era apenas um prenuncio contemplativo e belo de uma modernidade bélica que, posteriormente, foi impulsionada pela Segunda Guerra Mundial e pela Guerra Fria.
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