A proposta deste blog é instigar a leitura, o conhecimento e a investigação dos processos históricos. Livros com temas ligados a História do RS e Hist. do Município do Rio Grande estão disponíveis para leitura ou baixar (basta clicar em cima da imagem da capa do livro ou copiar o link com o botão direito do mouse). Também serão abordados temas de "História e Terror", "Literatura Fantástica", "Graphic Novel-HQ" etc. Administradora: Rejane Martins Torres. Facebook: Professor Torres
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| Acervo: https://www.bvcolecionismo.lel.br/ |
Este cartão-postal editado por Ricardo Strauch/Livraria Rio-Grandense mostra o andamento das obras de construção dos Molhes da Barra do Rio Grande entre 1912-1914.
As proporções descomunais do guindaste podem ser constatadas na comparação com os homens que estão pousando para a fotografia e dos que estão operando/trabalhando o grande aparelho.
O nome não poderia ser mais coerente: Titan!
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| Acervo: Museu da Cidade do Rio Grande. |
Este primoroso cartão-postal foi editado na Alemanha e mostra quatro cenários da cidade do Rio Grande por volta de 1900.
O estilo do cartão é o "gruss aus" ou "lembranças de" apresentando outros espécimes muito parecidos que devem ter sido fonte de inspiração para este "lembranças de Rio Grande do Sul".
Esclareço que Rio Grande do Sul nesta época se trata da cidade portuária do Rio Grande e não do Estado do Rio Grande do Sul.
Infelizmente, é um raro espécime local deste estilo que nasceu na Alemanha e se difundiu por muitos países.
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| Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
O detalhe está na superfície da água. É a assinatura do autor: Mateo Tonietti.
O prédio da direita é a Alfândega e ao seu lado a Rua Ewbank. Os armazéns do Porto Velho já estão construídos. Hipoteticamente, a fotografia remete a meados dos anos 1920.
O verão com a atmosfera carregada de umidade tem propiciado belas fotografias da formação de nuvens!
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| Fotografias: Luiz Henrique Torres. |
Uma ave solitária...
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| Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
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| Igreja Matriz de São Pedro e Capela de São Francisco. |
A torre que se destaca é da Igreja Matriz de São Pedro que fica geminada com a Capela de São Francisco. Certo? Sim, mas não é o que a imagem mostra neste período. A Capela de São Francisco é de menores dimensões e ao seu fundo parece ter vegetação, como se fosse um quintal. A construção que a ampliou deve ter ocorrido posteriormente e a deixou como a conhecemos no presente: com as paredes unificadas.
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| Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
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| Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Os cavalos estão puxando uma espécie de trenó improvisado?
Não e não!
Não é neve e sim areia. Equipamentos estão sendo transportados utilizando os cavalos que fazem deslizar os objetos numa área em que ainda havia muitas dunas.
A área se localiza nas imediações do atual reservatório da hidráulica por volta do ano de 1920.
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| ISABELLE, Arsène. Voyage a Buenos-Ayres et a Porto-Alègre. Havre: J. Morlent, 1835. |
O francês Arsène Isabelle visitou o Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina nas vésperas da eclosão da Revolução Farroupilha.
Em sua estadia em Buenos Aires escreveu apontamentos sobre a economia, política e sociedade local.
A Argentina fizera a sua independência (1816) mas apresentava divisões internas para constituir um Estado Nacional.
Nesta gravura do livro de Isabelle publicado em 1835, se observa uma vista do movimentado porto de Buenos Aires e de alguns imponentes prédios.
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| Datação hipotética entre 1925-30. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
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| Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
O periódico ressalta que "são muitos os vampiros que procuram interromper a marcha à viandante (na caricatura é uma mulher que representa a República).
Interessante é a referência a vampiros em forma de morcegos. A construção histórica do vampirismo remonta a antiguidade greco-romana (além de outras manifestações) e sofreu releituras pela literatura ocidental desde o século XVIII. Antes de Bram Stoker e seu romance epistolar Drácula em 1897, os vampiros já frequentavam as páginas literárias e dos jornais. Inclusive, neste ano de 1890, os vampiros estão estampados na capa do Bisturi editado na cidade do Rio Grande.
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| Vittorio Bucceli, Un Viaggio a Rio Grande del Sur (1906). Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Eis uma fotografia do Balneário Cassino em 1904.
O Chalet dos Dois Bicos estava muito próximo das estruturas reservadas a troca de roupas pelos banhistas. O que indica que da proximidade da beira da praia.
Até aí não haveria elementos estranhos nesta paisagem praial. Porém, o Chalet dos Dois Bicos ficava nas esquina das atuais Avenidas Rio Grande com Atlântica. Portanto, estamos olhando para o cenário que havia há 117 anos. O recuo da linha do mar é surpreendente.
Nascido em Nova Iorque em 1823, Charles DeForest Fredricks com apenas vinte anos, foi visitar um irmão na Venezuela levando um daguerriótipo. A revolução visual promovida por este aparelho havia sido criada em 1840 por Daguerre e se difundiu nos recantos mais distantes do planeta nas décadas seguintes.
Nesta viagem a Venezuela ocorreram muitas aventuras e dramas no transcurso dos rios Orenoco e Amazonas que quase lhe custaram a vida. Em 1846 retornou a floresta Amazônica e fotografou índios brasileiros, abrindo, um estúdio fotográfico em Belém. Neste período, os fotógrafos buscavam a esparsa clientela abonada que morava nos centros mais populosos do Império Brasileiro.
Com a presença de Fredricks teve início na cidade a arte fotográfica dos retratos. Quantas pessoas foram retratadas? Terá sobrevivido algum destes primeiros registros de daguerriótipo em Rio Grande? Ainda em 1849 o fotógrafo esteve mais duas vezes oferecendo seus serviços profissionais na cidade portuária. Depois disso, partiu para outros portos e experiências.
Seu aprendizado no Brasil foi importante e seu conhecimento técnico acompanhou os avanços da ciência fotográfica: do daguerriótipo para o eletrótipo, para o domínio das chapas de colódio e outras técnicas que exigiam habilidades e conhecimento de química.
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| Acervo: Frank Leslies Illustrated News (1858). |
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| Acervo: "Anthony's Photographic Bulletin, Volume XXV, 1894" published by E. & H.T. Anthony & Co. |
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| Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Uma imagem rara de um bonde elétrico chegando na esquinas das Ruas Buarque de Macedo com Marechal Deodoro. A capela é a dos Salesianos (depois modificada) ainda sem a construção do Colégio. Fotografia hipoteticamente datada entre 1912-1915.
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| Tornados (tromba d'água) em Mostardas, 14-02-2021. Fotografia de Everton Luís Sparremberger publicada na metsul.com.br |
A instabilidade atmosférica
promoveu um espetáculo perigoso na planície costeira do Rio Grande do Sul.
A Metsul deu destaque em sua página aos múltiplos tornados registrados na Lagos dos Patos neste dia 14 de fevereiro de 2021 (https://metsul.com/multiplos-tornados-no-leste-gaucho/).
O fenômeno foi observado em Tavares e Mostardas e foi o
ápice (até o momento) dos vários registros ocorridos nos dias anteriores em
Pelotas, São José do Norte etc.
Inclusive em Rio Grande, formaram-se
duas nuvens funil que não evoluíram para um tornado (ao tocar a terra) ou
tromba d’água (ao tocar a água).
Eles antecederam o temporal
que fustigou o Cassino e parte da cidade por volta das 14 horas de hoje.
Estas imagens são da praia do Cassino por volta das 13h30. Fotografias de Luiz Henrique Torres.
O temporal foi acompanhado de muitos raios, chuva torrencial e granizo miúdo em algumas áreas da cidade.
A imagem mostra o início da formação de uma nuvem funil vista a partir da praia do Cassino.
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| Fotografia de Amílcar Fontana. Acervo: Museu da Cidade do Rio Grande. |
A Companhia de Bondes Urbanos prestava desde 1884 serviços de fornecimento de transporte de bondes com tração animal na cidade do Rio Grande. Em 1889 iniciaram a construção de uma estrada de ferro com locomotivas ligando Rio Grande ao balneário que estava sendo construído na Costa do Mar ou Costa da Mangueira. Nascia o Cassino nos tempos em que era chamado de Vila Sequeira.
A Companhia "fazia correr" os trens a partir de sua sede no atual Parque do Trabalhador (altura do pórtico da cidade). Neste local as passagens eram vendidas e ocorria o embarque dos passageiros para o Cassino.
Esta fotografia de 1908 mostra as estruturas que compunham as instalações da Companhia
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Amílcar Fontana captou esta imagem por volta de 1908.
A fotografia mostra uma instalação hidráulica cujo personagem principal é um catavento no balneário Cassino.
Ampliando a imagem foi possível ler o que estava escrito: "Halladay Standard. Eswind & Pump Co. Batavia, Illinois, U.S.A.".
Decifrando: Daniel Halladay é um inventor de moinhos de vento fundando sua fábrica em Ellington, Connecticut em 1857. Estes moinhos de vento (cataventos) eram utilizados para bombear água para o gado ou para uso nas locomotivas (ou no fornecimento de água para o hotel no Cassino...).
Em 1863 a empresa foi transferida para a cidade de Batavia, Illinois, fabricando cataventos, bombas hidráulicas, componentes para ferrovias etc. Em 1881 já era considerada a maior empresa deste gênero no mundo (http://www.bataviahistoricalsociety.org/exhibits-collections/companies-overview/u-s-wind-engine-pump-company/).
Este catavento foi trazido de navio dos Estados Unidos e montado no local definido para sua instalação. Eram peças grandes e que são precursoras dos aerogeradores atuais. Sem esquecer que a funcionalidade (geração de energia) é completamente distinta...
A fotografia nos revelou uma história de inovação tecnológica oriunda dos Estados Unidos e que foi utilizada no balneário Cassino, o qual, nasceu com referenciais técnicos dos mais sofisticados para sua época.
Abaixo dois anúncios da empresa publicados nos Estados Unidos.
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| Acervo: https://i.pinimg.com/originals/e0/49/80/e049807eadb209150ba0f0d1e68448f2.jpg |
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| https://i.pinimg.com/originals/b3/05/d4/b305d4505745beee00ee89dd59cdbc5c.jpg |
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| Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Estamos olhando para a Avenida Rio Grande, Cassino, no ano de 1922!
O Oceano Atlântico está ao fundo. O espaço verde (escuro na fotografia) é o canteiro central ladeado por dois caminhos de areia. O caminho da direita é hoje a pista de rolagem no lado da Igreja. O final da Rio Grande ficava no encontro com a Avenida Atlântica.
Esta é a imagem do Cassino no ano em que se comemorou o centenário da Independência do Brasil.
"Aprendi que a melhor homenagem que posso fazer a quem se foi é viver como ele gostaria que eu vivesse: bem, integralmente, saudavelmente, com alegrias possíveis e projetos até impossíveis".
Esta frase de Lya Luft foi retirada de um capítulo do seu livro “Perdas & Ganhos”. Rio de Janeiro: Record, 2006.
A busca da sabedoria sobre o sentido da vida e da morte é uma característica da literatura de Lya Luft. A Revista Prosa e Verso disponibiliza um capítulo do livro no endereço https://www.revistaprosaversoearte.com/luto-e-renascimento-lya-luft/
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| Perdas & Ganhos. Editora Record. |
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| Estátua de Byron e seu cão Boatswain no Hard Park London. Acervo: https://i.pinimg.com/originals/21/27/24/21272461cd9c0ffc4d71dce42fffdba4.jpg Ao reler este belíssimo poema de Lorde Byron imaginei no lugar do cão Boatswain - o cão Bono. O poema é de 1808 e mais de dois séculos depois a alma canina não se modificou e continua a tocar a sensibilidade humana. EPITÁFIO PARA UM CÃO Perto daqui Estão depositados os despojos daquele Que possuía Beleza sem Vaidade, Força sem Insolência, Coragem sem Ferocidade, E todas as virtudes do Homem sem seus Vícios. Este elogio, que seria uma Adulação sem sentido Se escrito fosse sobre Cinzas humanas, É somente um justo tributo à Memória de BOATSWAIN, um CÃO Que nasceu em Newfoundland em maio de 1803, E morreu em Newstead, em 18 de novembro de 1808. Quando um orgulhoso Filho do Homem retorna à terra Desconhecido pela Glória mas sustentado pelo Berço, A arte do escultor exaure a pompa do infortúnio, E urnas ornadas registram aquele que descansa abaixo: Quando tudo está terminado, sobre a Tumba é visto Não o que ele foi, mas o que deveria ter sido. Mas o pobre Cão, na vida o mais fiel amigo, O primeiro a dar boas vindas, na dianteira para defender, Cujo coração honesto é do próprio Dono, Que trabalha, luta, vive, respira somente por ele Sem honra se vai, despercebido seu valor, Negada no Paraíso a Alma que tinha na terra; Enquanto o homem, fútil inseto! tem a esperança de ser perdoado, E reivindica para si só exclusividade no Paraíso! Oh, homem! frágil, breve inquilino Rebaixado pela escravidão, ou corrompido pelo poder, Quem te conheces bem, deve rejeitar-te com desgosto, Massa degradada de poeira viva! Teu amor é luxúria, tua amizade inteira ilusão Tua língua hipocrisia, teu coração decepção. Por natureza mau, dignificado apenas pelo nome, Cada irmão selvagem pode fazer-te corar de vergonha. Vós! que, por ventura, contemplais esta Urna simples Ficais sabendo, não homenageia ninguém que desejais prantear, Para marcar os despojos de um Amigo estas pedras se levantam; Nunca conheci nenhum, exceto um único — e aqui ele descansa. Newstead Abbey, 30 de novembro de 1808 Tradução Gisele reproduzido de: http://www.anton-tijolinho.com.br/poemas/boatswain/ |
Um grande amigo partiu!
De forma patética, ontem,
ele morreu nos meus braços.
O seu silêncio está ecoando
pela casa e é asfixiante.
Em dez anos de convívio ele
foi leal e fiel: um perfeito cão.
Nunca mais os seus latidos e
gestos de alegria se farão.
Com ele também morrem
histórias que não vão mais se repetir.
Aquele depositório de
vivências foi lançado na terra.
Never more...
O encantamento da presença se
restringe a sua ausência.
A alma canina preenche os
espaços e lugares.
A alma canina produz memórias
a serem preservadas.
É difícil aceitar o
passamento e não se pode aceitar o esquecimento.
Bono partiu, mas, será
lembrado em cada doação a cães de rua que não tiveram a oportunidade de uma boa
vida como ele.
Ele mostrou que de um
esquálido e franzino cãozinho abandonado se formou um lindo cão vira-lata de
pura cepa.
Cada doação em nome do Bono será
um reforço a sua memória.
Por hora, o resto é
silêncio.
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| Cartão de Fontana & Irmão, aproximadamente, 1908. Acervo: Museu da Cidade do Rio Grande. |
Este cartão editado por Fontana & Irmão mostra um trecho da Avenida Rio Grande em frente ao Hotel Cassino. Este hotel possuía 130 quartos e era o ponto referencial no Balneário Vila Sequeira.
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| Acervo: Museu da Cidade do Rio Grande. |
Mais um cartão editado pelo estúdio fotográfico de Amílcar Fontana & Irmão que possibilitou preservar a imagem original do chalet do comerciante Raffo & Irmão.
O ano aproximado é 1908 e o local é a Avenida Rio Grande no Balneário Cassino.
Estamos nas proximidades do Hotel Cassino (atual Atlântico) e este chalet resistiu até pouco tempo. Acabou tombando frente ao abandono e a deterioração de sua estrutura.
Hoje, além de entulho remanescente, o local se reduz a um terreno tomado pelo mato em espaço nobre do primeiro balneário planificado no Brasil.
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| Balneário Cassino. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Mesmo o maior especialista em Balneário Cassino teria dificuldade em identificar esta fotografia!
Seria necessário ter conhecido presencialmente o cenário. Porém, como a imagem deve ser do final da década de 1920, ficaria bastante difícil...
Outra forma é identificar um ponto de referência e comparar com outras fotografias deste referencial.
É o meu caso para conseguir interpretar esta imagem: fotografias, planta urbana do Cassino dos primórdios do século XX etc.
O nosso ponto de georreferenciamento é o chalet dos Dois Bicos fotografado em sua parte dos fundos. Neste local, funcionou um restaurante inaugurado em 1890.
Posteriormente, foi residência do Engenheiro e Senador Ramiro Barcelos. Pela fotografia, parece estar num período de franca decadência.
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| Chalet dos Dois Bicos. |
Identificar este referencial é fundamental para nos localizarmos. O chalet ficava de frente para a Praia do Cassino na altura da Avenida Rio Grande.
Portanto, estamos nesta Avenida e o Oceano Atlântico está a nossa frente.
Este era o caminho diário dos veranistas/visitantes que chegavam de trem no Balneário e se deslocavam até a beira-mar onde ficavam os camarotes para troca de roupa (visíveis na fotografia) e ocorriam os banhos de mar.
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| Alojamentos para troca de roupas. Podemos avançar mais um pouco: o chalet ficava na esquina da Avenida Rio Grande com Avenida Atlântica! Parece incrível mas o cenário mudou completamente neste último século. |
Para olhar um momento congelado do tempo somente tendo preservado a película produzida pela máquina do tempo: o aparelho fotográfico.
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| Atual Avenida Rio Grande esquina com Atlântica |
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| Acervo: Museu da Cidade do Rio Grande. |
Estamos no Balneário Vila Sequeira (Cassino) no tempo das primevas construções de chalets junto a Avenida Rio Grande.
A fotografia mostra o chalet do Comendador Carlos Guilherme Rheingantz, fundador da famosa empresa de tecidos de algodão que se projetou nacionalmente desde 1873.
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| Cartão-postal com selos do Brasil (ordinários e taxa devida). Acervo: Luiz Henrique Torres. |
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| Cartão-postal do final dos anos 1940. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
O prédio da Câmara do Comércio foi construído em 1940 e se localizava numa das faces mais valorizadas da Praça Xavier Ferreira: frontal ao Lago dos Cisnes e fronteiro ao prédio da Alfândega.
Muitos postais o retrataram como um cartão de visita da modernidade e desenvolvimento da cidade do Rio Grande dos primórdios da década de 1940.
No La Niña mais El Niño que já vi mais chumbo atmosférico vem chegando!
Um intenso ciclone que os dados indicam que será um "ciclone bomba" começa a ser formar na costa sul do RS e do Uruguai.
Cenário de muita atenção frente aos fortes ventos e possíveis precipitações excessivas.
Coloco o link para a matéria publicada pela metsul.
https://metsul.com/alerta-ciclone-muito-intenso-na-costa/
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| Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
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| Cartão-postal de R. Strauch. Aproximadamente 1920. Acervo: Autor. |
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| Cartão-postal de R. Strauch, cerca de 1920. Acervo: Autor. |
Alguém sabe a rua em que ficava localizado?
