Hermann Wendroth, cadeia em Pelotas, 1851. |
O pintor Hermann Wendroth esteve envolvido em bebedeiras e tumultos no tempo em que ainda estava alistado como mercenário na Legião Alemã que veio ao Brasil para lutar contra Rosas (Argentina). Ele foi preso em Pelotas e reproduziu a “hospedaria” em que ficou "hospedado": a cadeia. Observa-se que a prisão de Pelotas ainda mantém a estrutura colonial/imperial de modestos espaços prisionais o que sofreria alterações ao longo das décadas de 1850-60 com o surgimento de espaços maiores e as casas de correção.
A aquarela da cadeia de Pelotas identifica uma estrutura rudimentar e com espaços restritos, porém, superior à cadeia existente anteriormente e descrita em 1832 como “imunda” e “mal segura prisão”. A cadeia da aquarela foi financiada com recursos angariados em Pelotas pela Sociedade Defensora da Liberdade e Independência Nacional[1], mas não superou um aspecto singelo em recursos e proporções, sendo referida satiricamente por Wendroth como “palácio-Cadeia (prisão).
[1] AL-ALAM, Caiuá Cardoso. Palácio das Misérias: populares, delegados e carcereiros em Pelotas (1869-1889). Porto Alegre: Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em História PUCRS, 2013k, p. 118-120.
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