A imprensa caricata é uma caixinha de surpresas.
Esta charge é preciosa demais...
Considero muito interessante a ideia de que a Rua Benjamin Constant na esquina com a Rua Marechal Floriano não passava do "Beco do Carmo". O espaço só permitia a passagem de uma carroça de cada vez.
E eis que o jornal Bisturi mostrou que até este problema de "trânsito grave" para o ano de 1892 era um fator de confronto e pancadaria. Quem primeiro entrava e quem tinha de "engatar marcha a ré" nos cavalos ou burros? Pelo jeito o Manoel e o Joaquim não se entenderam e resolveram no braço a disputa.
Ao leitor desavisado: ocupando grande parte da rua na esquina do atual Banco do Brasil até a esquina da Rua General Bacelar, havia este Beco devido a presença da antiga Igreja do Carmo e nos fundos desta o Cemitério do Carmo. Havia uma disputa para entrar primeiro no beco e exigir que o bípede que dirigia o quadrúpede retornasse. Parece patético mas é real!
Esta situação perdurou até o final dos anos 1920 e ficou ainda pior. Fico imaginando, na era dos automóveis, uma briga entre dois "Ford bigode" pela prioridade de acesso. Ou um Chevrolet Ramona contra um bigode. Nossa...
Bisturi, 31 de julho de 1892. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
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