O jornal Echo do Sul do dia 7 de março de 1885 traz informações sobre o funcionamento da primeira fábrica têxtil do Brasil: a Rheingantz.
Constata-se que ela continuava funcionando no local original (inaugurado em 1874), nas proximidades da cadeia municipal que ficava na atual praça do monumento a Marcílio Dias. O novo complexo têxtil estava quase pronto e então haveria a mudança (em 1885) para a Avenida Rheingantz.
Vejamos a matéria:
" Fábrica de Tecidos:Antes porem de tratarmos do novo edifício, trataremos da fábrica situada nas proximidades da cadeia e há anos funcionando ativa e regularmente. A Fábrica Nacional de Tecidos de Lã é atualmente propriedade da Sociedade Comanditaria Rheingantz e C., do capital de 600:000$000, todo subscrito, e da qual é sócio gerente o laborioso rio-grandense o Sr. Comendador Carlos Guilherme Rheingantz. Queremos dizer que tendo sido a primeira que se estabeleceu no Império, a sua fundação significa da indústria de lanifícios no Brasil. Alem da sua importância como estabelecimento industrial, na especialidade a que se dedica, tem a de animar a de criação de ovelhas, indústria que está destinada a um grande futuro, se, a exemplo do Rio da Prata, os nossos proprietários rurais quiserem romper com a rotina e melhor curar dos seus interesses, juntando à criação do gado vacum a de ovelhas. Na exposição Brasileira-Alemã em Porto Alegre recebeu oito medalhas. A fábrica encarrega de torcer as franjas dos xales. Pode-se então calcular o seu pessoal em 200 operários, todos nacionais, à exceção apenas de cinco contra-mestres. Trabalha-se diariamente 10 horas, e, quando é necessário, mais algumas, porém, com correspondente aumento de salário" Echo do Sul, 07 de março de 1885.
Complexo da Rheingantz no local atual. Está sendo construído o prédio da administração que foi inaugurado em 1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
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