Esta imagem lembra o filme Tempos Modernos!
Era um cenário muito comum na cidade do Rio Grande desde a década de 1870 quando a indústria têxtil aqui se instala.
Máquinas com diferentes funcionalidades e operários adaptados a trabalhar com elas como se suas mãos fossem um prolongamento do maquinário.
Espaços perigosos e muitas vezes insalubres.
Trabalho infantil e trabalho senior. Tanto faz: importava conversar com a máquina e entendê-la.
Esta fotografia é o símbolo de uma cidade operária onde a revolução industrial chegou num aporte intenso regado pela expectativa de se estar junto a um porto marítimo que escoa-se a produção com agilidade e lucratividade.
Por cerca de sete décadas a "cidade das chaminés" manteve o fôlego que foi sendo perdido pela maioria das empresas na década de 1950.
Sobreviveu apenas a indústria do petróleo (criada em 1937) que redobrou seu desejo de expansão para além dos limites do município.
A indústria do pescado, especialmente a partir dos anos 1960 deu uma sobrevida a geração de emprego. Em meados dos anos 1980 também esgotou este setor industrial.
O que restou no presente foi basicamente o impulso dado nos anos 1970 para a indústria de fertilizantes no Distrito Industrial.
A indústria naval também ficou como um breve impulso fugidio...
O tempo da diversidade industrial ficou encoberto na neblina poluidora que se tornou a única matriz industrial relevante enquanto projeto de futuro.
Oficina da Leal, Santos & Cia. Alfredo Costa (1922). |
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