Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

sábado, 20 de junho de 2020

O CORAÇÃO E A BARRA DO RIO GRANDE - RESPOSTA

Koseritz.
Koseritz.

"Agora recordo-me do dia em que, atravessando a barra com bom tempo, entramos finalmente em Rio Grande. Que infindável e tristonha impressão me causava a costa arenosa, que se abria diante de nós... O coração me apertava, e eu não pressentia que esta província, que se me apresentava sob forma tão triste, seria para mim uma segunda pátria, a que eu me apegaria com todo o amor do meu coração e pela qual eu trabalhei como se ela fosse a terra do meu nascimento! Ainda menos suporia eu que, somente depois de 32 anos, de novo transporia aquela entrada, e que o jovem despreocupado, que então contemplava as areias do Rio Grande, só deixaria a província como um velho...".

Quem escreveu este texto (que faz parte de um volumoso diário), chegou a Província do Rio Grande em 1851 (entrando pela Barra do Rio Grande) e partiu, pela mesma Barra, no ano de 1883. 

É um personagem que deixou um grande volume de informações/documentos sobre a sociedade, política e economia Rio-grandense no II Império. 

Quem é ele?
Carlos von Koseritz (Dessau, 7 de junho de 1830 - Porto Alegre, 30 de maio de 1890). Com 21 anos chegou ao Rio Grande do Sul na condição de militar da Legião Alemã (brummers) para luta contra Rosas na Argentina. Se desligou da vida militar antes de entrar em combate e ficou morando entre Rio Grande e Pelotas. Posteriormente, foi morar em Porto Alegre. Dotado de amplos conhecimentos eruditos Koseritz atuou como professor, jornalista, pianista, médico leigo, tropeiro, escritor de livros de história e literatura, contador etc. 

Foi um dos personagens que mais se destacou na defesa dos direitos de participação política para os imigrantes. 

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