Os cartões-postais são fragmentos congelados do tempo passado. Eles foram trabalhados intencional e artisticamente para se fazerem atraentes aos olhos ávidos por viagens mentais em cenários imagéticos complementados pelas afetividades oriundas das caligrafias.
Os cartões-postais foram a primeira globalização imagética da humanidade, transportando pelo planeta imagens multifacetadas de cenários e personagens rurais e urbanos. Sua simplicidade e eficiência é a capacidade de associar a imagem com o texto afetivo do remetente que realça a curiosidade do destinatário sobre lugares em que estão vivendo os seus amigos e parentes.
É um simples pedaço de papel/cartão que eficientemente promoveu a circulação de dezenas de milhares de imagens do planeta que viraram fator lúdico de colecionismo. Eles ajudaram a evidenciar as diversidades entre continentes e países, além de plantar a curiosidade sobre as experiências culturais.
Para o historiador os cartões emergem do passado repletos de pistas arquitetônicas; de lugares sociais, políticos e culturais; de diversidades botânicas e zoológicas; de práticas religiosas e pagãs; de técnicas e ideologias; de intencionalidades e encobrimentos.
Nestes cartões estão preservados muitos cenários materiais e imateriais que contribuem para a compreensão do passado.
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