Almanaque Comercial Ilustrado Rio-Grandense (1914). |
Pandemia de farmácia como temos hoje era um corpo estranho nas primeiras décadas do século XX. Havia três ou quatro em toda a cidade! Ao longo deste século ocorreu o avanço da indústria farmacêutica que fez com que as antigas boticas de manipulação e também as lojas de homeopatia, fossem perdendo espaço para a alopatia. Hoje, a indústria farmacêutica mundial movimenta mais de 1,2 trilhões de dólares e a farmácias crescem vertiginosamente.
A Pharmacia Popular (fundada em 1871) era uma das mais destacadas da cidade no atendimento da população mais descapitalizada e funcionava na Rua 24 de Maio n.164.
Percebe-se por alguns produtos disponíveis no anúncio que a pharmacia ainda estava com um "pé na botica e na homeopatia". Especialmente, buscava no anúncio divulgar produtos numa linha "popular" para as demandas mais comuns da população operária local: Lombrigueira Masseron (produzido pela própria farmácia para combater vermes intestinais); Gleinal Masseron (outro produto manipulado pela empresa para fortificar o organismo debilitado); Xarope da Serra dos Tapes (feito com vegetais desta Serra para combater afecções dos brônquios e pulmões); Elixir de Garoba e Erva do Bugre (um depurativo do sangue que na época era um "resolve tudo senão a coisa tá feia...".
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