Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.
Ninguém "atualmente vivo" poderia descrever esta fachada pois nunca a viu presencialmente. Não fosse em algum momento da década de 1890 um fotógrafo ter feito a fotografia e a imagem estaria inexoravelmente perdida (claro, se outra forma de identificação documental não a tivesse descrito em detalhes ou até uma planta da fachada tivesse disponível - documentos que raramente são encontrados em arquivos...).
Portanto, a fachada do prédio foi "congelada" através da fotografia, "doada" por alguém que possuía a foto, "preservada" por uma instituição (Biblioteca Rio-Grandense), pesquisada por um historiador e reposta as luzes dos olhos do presente (os leitores e suas releituras). Uma longa caminhada de quase 130 anos liga a fotografia com a redescoberta no presente.
Para além de um exercício de "filosofia da imagem" o que objetivamente nos interessa é responder: que o local é a Rua General Vitorino; o prédio é o Hospital da Beneficência Portuguesa com elementos arquitetônicos californianos em sua fachada; que alguns anos depois o estilo arquitetônico foi modificado para o estilo "manuelino ou gótico português tardio" que ostenta até o presente em 2020.
O prédio perdeu sua funcionalidade original mas ainda faz parte do cenário urbano que faz refletir sobre uma Sociedade criada para prestar atendimento de saúde na cidade do Rio Grande no distante ano de 1859.
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