Neste final de veraneio de 2020 vamos
relembrar um dos cartões-postais do Cassino: seu patrimônio material edificado
original.
Uma das
identidades do Balneário Vila Siqueira/Cassino foi à construção dos “casarões”,
em especial, junto a Avenida Rio Grande. Este processo já estava em andamento
quando da inauguração da praia de banhos em janeiro de 1890 e se intensificou nas
décadas seguintes. Seu período de ouro ocorreu entre as décadas de 1890 até o
final da década de 1930. A estagnação veio com a Segunda Guerra Mundial
(1939-45) e nos anos 1950 com a crise econômica que desencadeou um processo de
modificação urbana que se estendeu pelas décadas seguintes: a maioria dos
casarões/chalés foi demolida e pouco restou da arquitetura original do
Balneário.
Um dos
últimos exemplares que “ruiu” (recentemente) foi o chalé Raffo cuja imagem editada
pelo Atelier Fontana (nos primórdios do século XX) foi aqui reproduzida.
Os postais aqui reproduzidos foram editados pelo Atelier Fontana na primeira década do século XX. Acervo: Museu da Cidade do Rio Grande. |
Também na
Avenida Rio Grande se localizava um imóvel que se destacava por sua beleza
arquitetônica: o chalé do empresário e Consul da Alemanha Nieckele (no espaço
atualmente ocupado pelo Ed. Vila Siqueira).
Nesta
avenida foi edificada a residência de um dos mais destacados empresários da
história da cidade do Rio Grande: Carlos Guilherme Rheingantz. Diga-se que a
maioria das edificações foi mandada construir por comerciantes e industriais
locais, o que evidencia o apoio deste segmento socioeconômico ao projeto da uma
praia de banhos planificada no Litoral Sul.
Para
finalizar esta breve amostragem é reproduzida, também da coleção de postais de
Amílcar Fontana e publicadas nos primórdios do século XX, um dos mais
destacados casarões da Avenida Rio Grande: o chalé do Comendador Antônio
Joaquim Pinto da Rocha.
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