Porto do Rio Grande em 1908

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sábado, 29 de fevereiro de 2020

A AUSTRÁLIA É AQUI



         A temporada de incêndios ocorridos na Austrália (2019-2020) deixaram uma marca de destruição sem precedentes e uma devastação ambiental que deve impactar estas regiões por longo período. A fumaça destes incêndios que queimaram mais de dez milhões de hectares está sobrevoando o planeta e passou em janeiro passado pelo Rio Grande do Sul. A falta de chuvas na Austrália foi essencial para provocar esta catástrofe que provocou a morte de mais de meio bilhão de animais. 
       Hoje, 28 de fevereiro, desde o início da manhã, foram divulgadas notícias de que na Ilha do Leonídio havia focos de incêndio. Outros focos também ocorreram próximo ao TECON, Parque Marinha etc. Visitamos a Ilha do Leonídio no final da tarde e o fogo persistia além da intensa fumaça, mesmo com todo o combate feito pelos bombeiros e outras equipes envolvidas. Estes focos se estenderam para outros espaços distante vários quilômetros. Junto a praia do Cassino foi possível observar, se projetando ao Oceano, nuvens escuras que pareciam de chuva: de fato era a fumaça que preenchia a atmosfera e lembrava chuva iminente numa primeira observação. 
         Foi uma amostra assustadora do efeito de incêndios em vegetação mas sua ocorrência é coerente com a estiagem que a região sul tem sofrido ao longo deste verão. O pior é que não há previsão de chuvas regulares para o mês de março o que torna a situação em Rio Grande muito grave! A vegetação está seca e junto ao solo repousa uma palha que facilmente pode iniciar incêndios que se alastram com facilidade.   
       Apesar do título é preciso enfatizar: que a Austrália em chamas nunca seja aqui!
         Um pouco deste cenário desalentador é explicitado nas fotografias de Rejane Torres:
Elevado na BR-392 sendo visível o fogo consumindo a vegetação em parte da Ilha do Ladino.

Na BR-392 a fumaça (e fogo) já se fazia presente nos dois lados da pista. 
Junto a estrada para a Ilha dos Marinheiros se observa as labaredas queimando a vegetação no Leonídio.


Detalhe do fogo. 

Combate ao fogo no banhado seco. Área perigosa pela presença de cobras "cruzeiro" acuadas pelo fogo. 
Canal de ligação entre o Saco do Justino e o Saco da Quitéria. À esquerda tem início a Ilha do Leonídio. 


Sol parcialmente encoberto pela fumaça. 

Grande angular da área incendiada. Abaixo, a mesma fotografia em posição lateral para ser ampliada. 


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