Há 60 anos, em 1959, começaram a ser publicas
na revista francesa Pilote as histórias de Asterix e seus companheiros. Os
desenhos de Albert Uderzo (1927-) e o roteiro de René Goscinny (1927-1977) se
projetaram da França para inúmeros países (publicado em 83 línguas e 29
dialetos) e venderam 350 milhões de exemplares. Um destes exemplares (há muito tempo havia lido vários títulos) foi parar
nas minhas mãos e, hoje, fiz a leitura da preciosidade: Asterix nos Jogos Olímpicos (Record, capa dura, colorida, 27,8x20,6cm,
64 p., 2016). A edição francesa é de 1968.
O alto astral das cores e da expressão facial
dos personagens, aliado ao deboche e irreverencia do tratamento destinado pelos
gauleses (surras) aos pobres “romanos” ou aos infortunados “piratas” é hilário.
É difícil não rir da seriedade com que os gauleses discutem o almoço e o jantar
misturado com assuntos da ocupação romana. Os comentários sobre a Grécia e sua
cultura “superior”, os gregos debochando dos “bárbaros” romanos, analogias
entre o turismo do passado e personagens vigaristas no presente evidenciam que
os autores passaram longe do politicamente correto.
Colocar os aldeões gauleses e sua relação
passional com os javalis como sendo o centro do mundo civilizado é muito
criativo e irreverente. Antes de pensar em chauvinismo é relaxar e dar boas e
naturais risadas.
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