Planta de Porto Alegre e suas trincheiras durante a Revolução Farroupilha. Data provável 1837. |
Com a
ocupação de Porto Alegre em setembro de 1835, o presidente da Província,
Fernandes Braga, organiza a fuga naval com destino a Rio Grande. Trouxe junto
os cofres provinciais e desembarcou no Porto Velho sediando em Rio Grande a
capital imperial da Província do Rio Grande do Sul. A outra capital, a
farroupilha, é estabelecida em Porto Alegre.
Outro
episódio deste período dos primórdios da Revolução Farroupilha, envolveu as
tropas imperiais que fecharam a Barra desde abril de 1836, provocando protestos
dos navios norte-americanos que ficaram retidos nos portos de São José do Norte
e Rio Grande. Austin Hayes cônsul dos Estados Unidos em Rio Grande defendeu a
vinda de um navio de guerra norte-americano até a Barra do Rio Grande para
garantir a livre circulação dos navios. A crise diplomática não teve maiores
desdobramentos na relação monarquia brasileira e o republicanismo
norte-americano, mas não esqueçamos que os farroupilhas eram republicanos.
Também em 1836, dias de grande tensão foram
passados na cidade com a ameaça da invasão pelas tropas farroupilha de Bento
Gonçalves da Silva. O motivo era a presença de um navio prisão ou “presiganga”
com presos políticos simpáticos ao republicanismo ou ao liberalismo radical.
Estava neste navio, ancorado no Porto do Norte, Domingos de Almeida, um
expoente liberal que posteriormente se tornou ministro na República
Rio-Grandense. Frente a possível invasão militar os presos foram libertados.
Porém, os farroupilhas lamentaram posteriormente a não ocupação da Vila e Porto
do Rio Grande que seria conquista fundamental para o deslocamento marítimo farroupilha.
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