Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

A AREIA HOSTIL E A SUPERAÇÃO

DREYS, 1839

Nicolau Dreys, comerciante que viveu na cidade na década de 1820 descreveu com sensibilidade o difícil enfrentamento com as condições naturais adversas para a constituição de uma civilização. Ele ressaltou que com a abertura da Rua Nova das Flores (rua Riachuelo) as construções voltavam-se para a Lagoa e não de costas para esta como na Rua da Praia (rua Marechal Floriano). Numa síntese das projeções do futuro da localidade ele escreveu:
 “No meio das areias estéreis que a circundam e invadem continuamente, ela se apresenta como uma criação excepcional da política e do comércio: indiferente e como estrangeira ao território que ocupa, não deve nada senão ao caráter ativo, industrioso e empreendedor dos habitantes. Ali, o homem pode mais que a natureza; onde achou impotência e miséria ele fez nascer prosperidade; pois, a cidade de S. Pedro, com suas casas suntuosas, seus ricos armazéns, seus cais regulares e seu porto retificado pode agora concorrer com as mais notáveis cidades da América do Sul”.[1]

[1] DREYS, Nicolau. Notícia descritiva da Província do Rio Grande de São Pedro do Sul. Porto Alegre: IEL, 1961. Original 1839.

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