Capa da edição da Nova Fronteira, 2013. |
Contra-capa. |
Nietzsche em HQ (Editora Nova Fronteira, capa
flexível, colorido, formato 27,2 x 20,2 cm, 136 p., 2013). Foi roteirizada por
Michel Onfray (1959) com ilustrações de Maximilien Le Roy (1985). A primeira
edição francesa é de 2010.
A introdução do graphic novel foi assinada por Francisco Bosco que esclarece a
proposta/desafio de abordar Nietzsche através dos quadrinhos e com enfoque de
divulgação filosófica: “Diferentemente dos romances, e em especial dos romances
calcados em tramas elaboradas, a filosofia é um gênero que em princípio se
presta mal a adaptações para a linguagem visual. Como traduzir em imagens as
ideias e os conceitos, abstrações por definição? Entretanto estamos diante
precisamente dessa proposta – e constatamos, alegres, que o que parecia
impossível torna-se possível (...) Entendo que a presente obra pode contentar
seus dois tipos de leitor: os familiarizados com a filosofia nietzschiana, e os
que desejam nela se iniciar. A esses últimos, deverá funcionar como atraente
introdução, perturbadora o bastante. Aos primeiros, proporcionará o prazer da
encarnação das ideias, da concretização do imaginado”.
Recomendo a leitura cujo competente roteiro vagou
entre a objetividade e a subjetividade da trajetória de vida de Friedrich Nietzsche
(1844-1900) e o desenvolvimento de seus pressupostos filosóficos. As idiossincrasias
no relacionamento social e as crises existenciais estão contextualizadas nas
dificuldades em divulgar a sua produção e na restrita aceitação desta durante a
sua vida. As influências familiares deturpando alguns de seus escritos se
insere em sua crescente perda das faculdades mentais. Ilustrações magistrais de
Le Roy estão em sintonia com o peso da reflexão filosófica visceral, alternando
tons mais claros e mais escuros, de acordo com o que está sendo abordado e a
dramaticidade que emerge.
Como
está ressaltado no romance gráfico “o leitor terá em mãos um retrato da vida de
um pensador que não fazia concessões, traçando o limite entre genialidade e
loucura, e disposto a pagar o preço por seu pensamento revolucionário”.
Edição da Nova Fronteira, 2013. |
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