Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

CIDADE NOVA

Cidade Nova por volta de 1920. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

          Um dos referenciais de nascimento do que se tornaria a Cidade Nova foi um espaço para o sepultamento extramuros, colocando a morte para longe da presença dos vivos que permaneceram na cidade antiga. Isto ocorreu em 1855 quando uma devastadora epidemia de cólera parecia evidenciar o que a medicina social da época defendia: de que os mortos poderiam transmitir doenças através dos miasmas. Até então o convívio entre vivos e mortos era muito próximo, com as igrejas realizando sepultamento em seu interior (até 1840) e em seu entorno.
Romper os muros das Trincheiras com o cemitério foi um novo mundo descoberto, no princípio apenas para os mortos e para alívio dos vivos! Um segundo momento foi a Estação Ferroviária (1884) e quase simultâneo a instalação da Fábrica Rheingantz (1885-1885), que levou as transformações ditadas pelo capitalismo para a proximidade do cemitério e criou um complexo industrial-urbano modelo no Brasil. Mas foi com a demolição dos muros das Trincheiras a partir de 1880, que a Cidade Nova, planificada, começava a tomar forma e crescer. Na fotografia bonde nas ruas Marechal Deodoro com Buarque de Macedo na década de 1920. 

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