Cartões-postais do Cassino final dos anos 1970. Acervo: papareia. |
Além da segurança para a navegação os Molhes da Barra se transformaram num espaço identitário da cidade do Rio Grande. O Molhe Oeste é um local de grande frequência
pelos moradores e visitantes no período de veraneio e já tradicional para as
pescarias. É um dos pontos turísticos mais divulgados do município do Rio
Grande e inesgotáveis histórias estão ligadas a sua construção e as vivências
de gerações de frequentadores. Ainda no século 19 foi idealizada a sua
construção a qual ocorreu entre 1911 e 1915. O objetivo era garantir a
segurança da navegação através do aprofundamento do canal de acesso para 10
metros. Em períodos do século 19 a profundidade pouco superava os 2 metros. A
Companhia Francesa do Porto do Rio Grande foi à responsável pela obra que é
considerada uma das maiores do mundo em engenharia hidráulica.
Esta antiga aspiração por segurança para a
entrada e saída das embarcações permitiu que os títulos de “Barra Diabólica” e
de “cemitério de navios”, tão presente nos séculos 18 e 19, fossem se perdendo
da memória dos moradores.
A maior simbologia do Molhe Oeste está
associada às vagonetas e vagoneteiros que adentram cerca de quatro quilômetros
no oceano utilizando os trilhos que no passado foram usados para o deslocamento
dos titãs que lançavam as rochas ao mar. Este espaço de lazer, pesca e turismo já
foi registrado em inúmeras fotografias/cartões-postais. Algumas destas imagens,
relativa às décadas de 1960-1970, são aqui reproduzidas e foram retiradas do
site papareia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário