Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

OS MOLHES DA BARRA E AS VAGONETAS



Cartões-postais do Cassino final dos anos 1970. Acervo: papareia. 
      Além da segurança para a navegação os Molhes da Barra se transformaram num espaço identitário da cidade do Rio Grande. O Molhe Oeste é um local de grande frequência pelos moradores e visitantes no período de veraneio e já tradicional para as pescarias. É um dos pontos turísticos mais divulgados do município do Rio Grande e inesgotáveis histórias estão ligadas a sua construção e as vivências de gerações de frequentadores. Ainda no século 19 foi idealizada a sua construção a qual ocorreu entre 1911 e 1915. O objetivo era garantir a segurança da navegação através do aprofundamento do canal de acesso para 10 metros. Em períodos do século 19 a profundidade pouco superava os 2 metros. A Companhia Francesa do Porto do Rio Grande foi à responsável pela obra que é considerada uma das maiores do mundo em engenharia hidráulica.
     Esta antiga aspiração por segurança para a entrada e saída das embarcações permitiu que os títulos de “Barra Diabólica” e de “cemitério de navios”, tão presente nos séculos 18 e 19, fossem se perdendo da memória dos moradores.
      A maior simbologia do Molhe Oeste está associada às vagonetas e vagoneteiros que adentram cerca de quatro quilômetros no oceano utilizando os trilhos que no passado foram usados para o deslocamento dos titãs que lançavam as rochas ao mar. Este espaço de lazer, pesca e turismo já foi registrado em inúmeras fotografias/cartões-postais. Algumas destas imagens, relativa às décadas de 1960-1970, são aqui reproduzidas e foram retiradas do site papareia.      

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