Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

sábado, 16 de novembro de 2019

ESTÉTICA URBANA

      Um dos fatores para uma preocupação com a estética urbana que prevalecia no tempo dos cartões, é a presença de comerciantes e industriais junto ao Porto Velho. Moradia e espaço comercial caminhavam de mãos dadas e a busca de aformoseamento definia não apenas lugar social, mas projeção internacional para os negócios. Se esmerar na arquitetura européia neoclássica e eclética significava estar em sintonia com os padrões da sociedade burguesa da Belle Époque. 
      Os casarões foram cobrindo as ruas Riachuelo, Marechal Floriano, Bacelar, Coronel Sampaio, Luiz Loréa, Duque de Caxias etc. Parte da acumulação de capital era revertida para investir no patrimônio edificado: a casa se voltava à consolidação da família, mas também nas possibilidades de expansão comercial. 
    Livros editados entre 1913 e 1922, voltados às elites comerciais/industriais/pecuaristas do Rio Grande do Sul, definiam o sucesso do empreendedor e sua visibilidade positiva no meio social através de algumas variáveis: família, residência portentosa, experiência profissional na Europa ou nos Estados Unidos, participação atuante na vida social, esportiva, política e cultural do município.
Cartão-postal da Livraria Americana. Rua Riachuelo datado de 1913. 

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