Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

domingo, 17 de novembro de 2019

D. PEDRO II NA IGREJA DO CARMO

           Conforme Antenor Monteiro (Rebuscos do jornal Rio Grande de 1935), na antiga Igreja do Carmo se passou um interessante acontecimento: a 16 de julho de 1865, dia de N. S. do Carmo, desembarcou de fronte à igreja, para onde se dirigiu, pois no templo se celebrava a festa da Virgem, Sua Magestade D. Pedro II, acompanhado de seu genro o Duque de Saxe, do Ministro da Guerra Ângelo Moniz da Silva Ferraz e seus ajudantes, generais Marques de Caxias e Francisco Xavier Calmon Cabral. A surpresa da chegada e o desconhecido fardamento da guarda de honra do Imperador que, antecipando a comitiva, se postara a porta, ocasionaram pânico no interior do templo, persuadindo o povo que o enchia, de que ali estivessem paraguaios (a Guerra do Paraguai, em sua fase inicial, era fator de apreensão e temor pela população local). Ao meio do tumulto, o sacerdote conseguiu explicar o fato e a orquestra, no coro, executou o Hino Nacional, conseguindo-se assim restabelecer a calma. A comitiva entrou e foi fazer a sua oração no altar-mor.
Cartão-postal do Cais da Boa Vista (atual rua Riachuelo na esquina com a Benjamin Constant). Era o cais de chegada dos passageiros que se dirigiam a Igreja do Carmo que ficava a apenas uma quadra de distância. A Igreja do Carmo está no centro da imagem. O cartão-postal por volta do ano de 1900 retrata um cenário muito próximo do que foi conhecido por D. Pedro II em sua viagem de 1865. Acervo: Museu da Cidade do Rio Grande. 

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