Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

terça-feira, 12 de novembro de 2019

AREIAS DO RIO GRANDE - DREYS


O comerciante Nicolau Dreys morou em Rio Grande até aproximadamente 1827 e deixou um relato coerente com as observações anteriores. Ele destacou que as areias do Rio Grande tem um movimento contínuo, o qual modifica os aspectos com mobilidade extraordinária, segundo o vento reinante, que remove a umidade das dunas, deprimindo umas, elevando as outras, e produzindo em um instante diferenças sensíveis nas perspectivas. Demais, como o vento que com mais força reina nessas paragens é o vento sul, essa a razão porque as areias se tem mais particularmente amontoado ao sudoeste da cidade do Rio Grande, e ao sudeste da vila de São José do Norte, tendo já invadido uma parte das mesmas, e parecendo impelidas para o mar. “Uma porção de casas da primeira cidade jaz presentemente debaixo das areias, e nessa nova Pompéia não se reconhece o lugar das habitações sepultadas, senão pelos galhos secos de algumas árvores de seus antigos quintais, aparecendo ainda na superfície da massa usurpadora”. [1]



[1] DREYS, Nicolau. Notícia Descritiva da Província do Rio Grande de S. Pedro do Sul. Porto Alegre: Nova Dimensão/Edipucrs, 1990, p. 46.

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