Capitão Cosmo Maraiusculo. |
Interessante história
sobre o naufrágio do navio Sarita foi contada por João Carlos da Cunha Sardá no
site www.popa.com.br. O texto e as fotografias tiradas nos anos
1930, relata os verdadeiros motivos do naufrágio de mais um navio, que desta
vez, não foram causados pelas intempéries em nosso litoral sul.
Conforme texto de Sardá,
na primavera de 1897, o “vapore” Sarita procedente de Gênova (Itália) navegava
sem destino certo e com ordens diretas de sua proprietária, a italiana D.
Sarita, para dar sumiço a qualquer preço na embarcação. Com o prêmio do seguro,
ela tentaria salvar sua empresa que estava falida.
Seu comandante, o
italiano Cosmo Marasciulo, ao passar através de
Rio Grande, rumando para o sul, não teve dúvidas: contou pouco mais de 30 milhas e a toda
máquina, jogou seu navio de encontro à praia, vindo evidentemente a encalhar na
posição de 32.32S e 52.23W.
Com toda a tripulação a
salvo, pegaram alguns mantimentos e seus pertences, e partiram direto para Rio
Grande a pé, chegando na cidade somente no entardecer do dia seguinte.
O comandante, após
várias idas e vindas da Itália, Argentina e Brasil, radicou-se em Rio Grande , voltando a
comandar navios Brasileiros na rota costeira da América. Em uma de suas
passagens por Buenos Aires, conheceu a paixão de sua vida, a Franco-portenha Amélia,
com a qual um tempo depois casou-se e deu início a uma tradicional família
Papareia.
Em 1952, em alusão ao
ocorrido, foi construído, no exato local do naufrágio, um farol com o nome
SARITA em sua homenagem.
O Capitão Cosmo, um mês
após o naufrágio, conseguiu dois carroções com quatro cavalos normandos cada
um, partiu pela praia até o navio Sarita. Junto com seis homens (mecânicos)
tiraram do navio um dos motores, atividade que durou cerca de um mês. O motor
foi trazido para Rio Grande e posteriormente vendido por uma boa quantia.
Fotografias do Sarita na década de 1930. Acervo: popa.com.br
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