ACERVO: BARCROFT PRODUCTION/BBC |
Duas
matérias publicadas no site da BBC “Asteroide que dizimou dinossauros ‘não
poderia ter caído em pior lugar' - Jonathan Amos, Correspondente
da BBC Ciência 16 maio 2017” e “O ‘Dia D’ dos
dinossauros: quando o meteoro atingiu a Terra Jonathan Amos, Correspondente
de Ciência da BBC 10 setembro 2019”, abordam um tema fundamental para os
rumos da vida no planeta Terra.
A teoria da extinção dos
dinossauros está cada vez mais lúcida! Um asteroide de 12 km de diâmetro
atingiu a Península de Yucatan no Golfo do México há 66 milhões de anos. O
impacto ocorreu num péssimo local onde o mar era raso e o choque ocorreu com rochas
de gesso mineral liberando quantidades colossais de gases densos de enxofre na
atmosfera (impedindo a chegada do Sol) e provocando um “inverno global”. Um
choque em áreas profundas do Oceano não resultaria em tantas rochas vaporizadas
e não se formaria o fatal inverno produzido pelo enxofre. "Naquele mundo frio e escuro, a comida nos
oceanos acabou em uma semana, e os alimentos em terra firme, pouco depois,
interrompendo subitamente a cadeia alimentar. Sem nada para comer em lugar
algum do planeta, os imponentes dinossauros tiveram pouca chance de
sobrevivência" (Jonathan Amos).
O impacto do asteroide, equivalente a
10 bilhões de bombas atômicas de Hiroshima, produziu a cratera Chicxulub com 100km
de extensão e 30km de profundidade na crosta terrestre. Na sequência, a área
impactada colapsou, e a cratera adquiriu 200km de extensão. O centro da cratera
colapsou de novo, produzindo um anel interno e atualmente, grande parte da
cratera está enterrada no mar sob 600m de sedimentos.
No porto mexicano de Chicxulub foram encontradas as
rochas mais preservadas que possibilitaram aos cientistas compreender o
fenômeno que causou a extinção dos dinossauros e a ascensão dos mamíferos. No
dia da queda nascia a Era geológica Cenozóica ou Idade dos Mamíferos. “Cientistas
dizem que o impacto gerou uma onda gigantesca (tsunami) que deve ter avançado
centenas de quilômetros terra adentro. Essa onda acabou por voltar - e os
destroços carregados por ela cobrem o topo da rocha extraída do fundo do mar
pelos pesquisadores” (Jonathan Amos).
O professor Sean Gulick, da Universidade do Texas
em Austin, esclarece que os cientistas não encontraram em nenhum ponto da rocha
a presença de enxofre, o qual foi ejetado ou vaporizado. !O enxofre misturado à
água e despejado na atmosfera pode ter reduzido dramaticamente a temperatura,
tornando a vida difícil para todos os tipos de plantas e animais. A injeção de
bilhões de toneladas de enxofre no ar causou uma queda de 25 graus Celsius na
temperatura por pelo menos 15 anos, fazendo com que a maior parte do planeta
congelasse, diz Gulick.
Jonatha Amos conclui: “os mamíferos emergiram a
partir dessa calamidade. Os dinossauros ficaram para trás”.
ACERVO MARK GARLICK/SCIENCE PHOTO LIBRARY. IN: BBC.COM |
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