Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

MONUMENTO A BENTO GONÇALVES: 110 ANOS








      A ideia da construção de um monumento em homenagem a Bento Gonçalves da Silva foi prevista na Constituição do Rio Grande do Sul de 1891. Os restos mortais de Bento Gonçalves da Silva foram doados a cidade do Rio Grande por familiares chegando em agosto de 1900 e sendo colocados para visitação em uma urna na Intendência Municipal.
Um dos grandes incentivadores do monumento foi o historiador Alfredo Ferreira Rodrigues que já vinha resgatando a história e a memória da Revolução Farroupilha. A Comissão responsável pela construção arrecadou recursos em várias cidades do Rio Grande do Sul. Em Rio Grande conseguiu o apoio decisivo dos republicanos locais. 
A obra feita em Portugal pelo escultor Teixeira Lopes foi enviada ao Porto do Rio Grande em maio de 1909 e inaugurada, com grande presença popular, em 20 de setembro deste ano.
O monumento-túmulo foi construído para assinalar a trajetória de Bento Gonçalves da Silva e também ressaltar os feitos farroupilhas. Esta Revolução e seu maior líder são identificados como parte de um processo “evolutivo” de consolidação do pensamento republicano no Brasil.
Entre o bronze e o granito edificou-se uma obra que alcança 110 anos de sua inauguração. O monumento-túmulo buscou perpetuar a memória do general farroupilha Bento Gonçalves da Silva e da República Rio-Grandense, se constituindo numa sala de aula de história ao ar livre, onde gerações edificaram inúmeras versões e leituras sobre a Revolução Farroupilha e seus mitos.

         A Comissão Promotora do Monumento de Bento Gonçalves fez ampla campanha de arrecadação de recursos para que a obra fosse efetivada. Documentos pesquisados no Centro Municipal de Cultura Inah Emil Martensen  (CMC) registram atas com os esforços da Comissão e também livros com assinaturas de doações. Das centenas de nomes de doadores estão às assinaturas das irmãs Revocata Heloisa de Mello e de Julieta de Mello Monteiro, as quais se destacaram nacionalmente na imprensa literária com o jornal “O Corimbo”.   

Ilustrações: Livro de doações e documentos da Comissão Promotora. Acervo: Centro Municipal de Cultura Inah Emil Martensen  (CMC).

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