Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

quarta-feira, 11 de abril de 2018

PALLIÈRE


Imagens platinas e do bioma pampa (que caracteriza grande parte do Rio Grande do Sul além do Uruguai e Argentina), foram retratadas pelo aquarelista Jean Pallière. Seus trabalhos são um documento do modo-de-vida característico da campanha/zona costeira do Rio Grande do Sul no século XIX. Com mais intensidade nas áreas de fronteira com o Uruguai e Argentina mas com hábitos disseminados por grande parte do meio rural Rio-grandense daquele século, os retratos de Pallière mostram cenários cotidianos e personagens que edificaram os elementos fundadores do vida rural, da presença indígena e da construção histórica do gaúcho platino/rio-grandense.
Jean Leon Pallière Grandjean Ferreira (Rio de Janeiro RJ 1823 - Paris, França 1887) foi litógrafo, aquarelista, decorador e professor. Muda-se para Paris em 1830, dando início aos seu aprendizado artístico. Em 1848, retorna ao Rio de Janeiro onde estuda na Academia Imperial de Belas Artes com novas viagens para a Europa. De volta ao Brasil, em 1855, no ano seguinte, muda-se para Buenos Aires, onde leciona desenho na Escuela Normal del Colegio de Huérfanos, e, dois anos mais tarde, vai para o Chile. No início da década de 1860, percorre o litoral brasileiro, visitando Bahia, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. Em 1864, publica o Album Pallière. Escenas Americanas. Reducción de Cuadros, Aquarelles y Bosquejos, composto de cerca de 50 litografias de trabalhos realizados em suas viagens (http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa23476/jean-leon-palliere).
Além da qualidade da pintura de Pallière, sua obra tem uma dimensão social que possibilita realizar estudos dos hábitos, indumentárias, técnicas, lúdico e sexualidade das sociedades platinas oitocentista.

Ilustrações: La Pulperia; baile; Pulperia; gaúcho e chinoca. Jean Pallière (período de 1855-1866).








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