Porto do Rio Grande em 1908

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quinta-feira, 13 de julho de 2017

PERDIDOS NO ESPAÇO

Foi no mês de setembro de 1965 que estreiou na tv americana a série Perdidos no Espaço (Lost in Space). Seu produtor, Irwin Allen, vinha de um sucesso com a série Viagem ao Fundo do Mar do ano anterior. Porém, desta vez voltou-se não as profundezas do oceano mas sim a imensidão do espaço sideral.
O momento era propício para as viagens espaciais, pois o projeto Apollo estava em andamento e em 1969 chegou ao ápice com o desembarque de astronautas na Lua. A rapidez dos avanços da astronáutica foram supervalorizados no período, acreditando que os passos seriam rápidos para viagens do sistema solar e a descoberta de novos planetas. Na série Perdidos no Espaço, o futuro era o ano de 1997 quando uma nave tripulada chegaria a estrela Alfa Centauri a 41 trilhões de quilômetros de distância da Terra. De fato, desde 1972 (com o projeto Apollo 17, quando ocorreu a sexta e última missão tripulada para fora do planeta Terra), as viagens espaciais foram suspensas encerrando o projeto Apollo que tivera início em 1961. 
O piloto da série Perdidos no Espaço foi o mais caro da história dos seriados até aquela época e foi produzida pela CBS. Foram 3 temporadas e um total de 84 episódios que perduraram até março de 1968. O roteiro inicial remetia ao planeta Terra no ano de 1997, quando a superpopulação impulsiona as viagens espaciais buscando um possível povoamento de outros planetas. Foi escolhido o sistema solar Alpha Centauri e a viagem se fez a bordo do Jupiter 2 (mesma nave ja utilizada num filme de . A perfeita família norte-americana, a família Robinson, foi escolhida para compor a tripulação nesta longa viagem e contando com a ajuda do robô B9.  Porém, num clima de guerra fria típico dos anos 1960 e presente em outros seriados, um espião soviético (Dr. Zachary Smith) se infiltra na nave com a missão de sabotar a missão. O Dr. Smith é bem sucedido no plano e consegue sabotar o sistema de navegação fazendo com que o Jupiter 2 fique literalmente perdido no espaço sideral. A seriedade do sabotador vai se perdendo ao longo dos episódios quando o viés cômico vai tomando conta do personagem para deleite dos fãs.
Inúmeras missões e aventuras cada vez mais fantasiosas e surreais passam a ocorrer quando do contato com extra-terrestres que estavam disseminados no Cosmos. Junta-se o otimismo do avanço tecnológico espacial rápido com as fantasias dos contatos com Ets que puluvavam pelos Estados Unidos desde o final da II Guerra Mundial (especialmente o caso Roswell). O resultado foi muita criatividade e momentos de pura diversão para aqueles que puderam curtir este seriado que é um ícone no entretenimento dos anos 1960-70.    
O primeiro ano da série foi produzido em Preto e Branco com um tom sombrio e uma seriedade maior num cenário dos perigos de uma viagem espacial rumo ao desconhecido. Porém, na segunda e terceira temporada, buscando uma tendência fundada no psicodelismo do seriado Batman (1966), as cores se tornam imprescindíveis para segurar a audiência e o foco se torna o trio irreverente dr. Smith/Will Robinson/Robô.

John Williams foi o responsável pelo tema musical que foi uma marca registrada deste seriado que foi remasterizado pela Fox para o formato Blu-Ray e que será lançado em setembro deste ano para comemorar o cinquentenário. Por enquanto, lançado apenas nos Estados Unidos. 

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