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Envelope do primeiro correio aéreo da VARIG ligando Rio Grande a Bagé com carimbo de 16 de julho de 1932.
Este segundo documento da primeira mala aérea Rio Grande - Bagé traz impresso a data de 15 de julho de 1932. Porém, o carimbo novamente traz a data de 16 de julho. Um carimbo é mais confiável que uma impressão gráfica previamente planejada. Outra informação é que o avião que realizou a rota foi o Santa Cruz que era um Junker F-13 que podia levar 5 passageiros e 2 tripulantes. Hipoteticamente, como foi a primeira viagem, para divulgação em Bagé dos serviços prestados, deve ter sido utilizado este avião de maior capacidade e não o pequeno Junker A-50 para apenas dois tripulantes.
Nas viagens seguintes, o que deve ter se tornado regra foi a utilização de um avião Junker A-50 com dois tripulantes para realizar os voos levando as correspondências/encomendas para Bagé.
Características destes aviões são descritas pelo comandante Lili Souza Pinto no livro Assim se Voava Antigamente (3ª edição, Action Editora, 2009).
"No início da década de 1930, a VARIG adquiriu dois aviões Junkers A-50 do tipo Júnior, para o transporte de correio e pequenas encomendas entre as cidades do Rio Grande do Sul e, também, para serem usados como aviões de treinamento na formação de novos pilotos. Os A-50 eram monomotores monoplanos de asa baixa, inteiramente metálicos, com a superfície externa de duralumínio ondulado. Estavam equipados com um motor Siemens de cinco cilindros radiais refrigerados a ar, desenvolvendo uma potência de 88 CV. Transportava dois pilotos alojados em naceles individuais abertas. O peso máximo era de 600 quilos e a velocidade de cruzeiro, 145 km/h. O primeiro avião desse tipo foi construído na Alemanha em 1929 para finalidades esportivas. Na VARIG, o avião de matrícula PP-VAI foi batizado com o nome de Bagé e o de matrícula PP-VAH, com o nome de “Minuano” (vento dos pampas). Este foi destruído num acidente nas proximidades de Pelotas, felizmente sem vítimas. O “Bagé” permaneceu em serviço até o final da década de 1940, quando foi vendido para um particular, sendo mais tarde também destruído num acidente. Durante o tempo em que voou na VARIG, o “Júnior” foi sempre respeitado pelos pilotos mais antigos, que o consideravam perigoso por suas características marginais de voo: estolava e entrava em parafuso sem aviso prévio e seu motor, pouco confiável, costumava parar inoportunamente devido à quebra das engrenagens dos magnetos que eram feitas de uma espécie de fibra, com pouca resistência".
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