Porto do Rio Grande em 1908

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quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

LINHA DA VARIG PARA JAGUARÃO (1938)

 

https://www.albertolopesleiloeiro.com.br/peca.asp?Id=21741349

Fotografia de Hamilton Schmelzer Photo com a inauguração da linha aérea de passageiros pela VARIG para Jaguarão em 17 de agosto de 1938. 

O avião da fotografia é o Aceguá. O comandante Lili Souza Pinto no livro Assim se Voava Antigamente (3ªed., Action Editora, 2009) nos traz informações sobre esta aeronave: 

"a VARIG adquiriu um Messerschmitt M-20b, fabricado na Alemanha em 1925, que foi batizado com o nome de “Aceguá”, em homenagem a uma pequena cidade na fronteira com o Uruguai. Era um avião monomotor, monoplano de asa cantilever (sem montantes). De construção inteiramente metálica, tinha uma cabine confortável para acomodar 10 passageiros, os quais agora podiam dispor do luxo adicional de um toalete a bordo. Além disso, os vidros das janelas podiam ser baixados para melhorar a ventilação. Para os dois pilotos havia também uma novidade: a cabine era fechada, para protegê-los das intempéries; esse melhoramento, entretanto, não agradou a alguns pilotos mais antigos, que preferiam a nacele aberta, a qual, diziam, lhes possibilitava sentir melhor o avião. Não dispondo de limpador de para-brisa, tinha o recurso de abrir um de seus painéis, em caso de chuva. Os freios eram acionados por uma alavanca entre os assentos, que atuava em uma roda ou em ambas, dependendo da posição dos pedais do leme. O peso total do “Aceguá” era de 5.000 quilos. Seu motor era um BMW de 12 cilindros em “V”, refrigerado a água, que desenvolvia uma potência de 600 CV. A hélice dupla, de quatro pés, girava com a metade da rotação do motor, graças a um potente — e barulhento — redutor. Para o controle da temperatura da água de refrigeração do motor, o piloto podia estender ou recolher o radiador, por meio de uma alavanca com catraca. O “Aceguá” cruzava a 150 km/h e pousava a 90, com excelentes qualidades de voo planado. Devido a sua matrícula PP-VAK, esse avião também era chamado pelos passageiros de “Pepe Vaca”. Os passageiros, em geral, tinham preferência pelo “Aceguá” por duas razões principais: apesar de ser monomotor, nunca havia feito um pouso de emergência por “pane” de motor; a segunda razão era sua asa delta, que proporcionava uma visão panorâmica das cidades e fazendas ao longo da rota".

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