SEMEANDO O SUSTENTO (1877)

 

Almanak  Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro para 1877.  https://memoria.bn.gov.br/

Esta imagem publicada em 1877 mostra um homem lançando sementes na terra que havia sido preparada para o plantio. A falta de folhas nas árvores e sua aparência de fustigadas pelo vento, indica um período de outono/inverno em que está ocorrendo a semeadura. 

O Sol aparece entre nuvens e o fogão a lenha está acesso como se observa na fumaça que sai da chaminé da casa. 

A maior parte da população brasileira vivia no meio rural e dependia da agricultura como fonte de sustento ou para gerar excedentes para troca ou comercialização. Foi a agricultura que atraiu imigrantes alemães, italianos e de diversas nacionalidades, que vieram ao país atrás do sonho de terra fértil que garantisse a alimentação da família. 

A monocultura voltada ao mercado externo, como a do café, cana-de-açúcar e cacau, pelo seu poder de capitalização dos grandes fazendeiros, é mais lembrada quando se fala de um Brasil agrícola. Porém, a fonte de sustento de milhões de brasileiros era fruto da policultura e do trabalho familiar que produzia os alimentos necessários para a sobrevivência. 

A imagem da gravura mostra que o trabalho solitário, quase patético frente ao nosso tempo urbano e industrial, poderia trazer o sustento com impacto mínimo no meio ambiente.