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| Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro para 1866. https://memoria.bn.gov.br/ |
Este anúncio publicado em 1866 é um grande puxão de orelha nas pessoas que não cuidavam da saúde dentária. Vários fatores levavam ao quadro denunciado por dois dentistas: falta de uma cultura de cuidado com os dentes; pouco ou quase nenhum recurso econômico para a prevenção e o tratamento; medo das dores que seriam sentidas no gabinete dentário etc. Mesmo que ainda ocorresse riscos aos pacientes, anestesias já estavam disponíveis neste período. Ao menos para os dentistas mais reconhecidos, competentes e caros...
A anestesia dentária teve início em 1844 com o uso do gás óxido nitroso pelo dentista norte-americano Dr. Horace Wells. O procedimento nem sempre tirava a dor... Em 1846, o Dr. William Morton utilizou com sucesso um aparelho para inalar éter nos pacientes. Em 1860, Niemman foi pioneiro em realizar anestesia local utilizando cocaína.
Os cirurgiões-dentistas Hippolyto Hallais e Pedro Staehli não especificam a anestesia utilizada.
No caso de Hallais, ele informa que atuava como dentista desde 1838, ou seja, ele pegou o tempo em que não havia anestesia e também conheceu/praticou a transição para procedimentos com anestésicos.
Se, atualmente, ir ao dentista é uma experiência desagradável para tantas pessoas, imaginem naquela época...
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