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| Acervo: Luiz Henrique Torres. |
O cenário é uma "Fazenda de Gado" no Rio Grande do Sul e a casa do pecuarista em cuja frente, está uma amostra da riqueza local que é o gado bovino para corte.
A criação de gado bovino é uma atividade pioneira no estado mais meridional do Brasil e recua às primeiras incursões de tropeiros a partir de 1680-1690. Com a fundação da Colônia do Sacramento (1680) no atual Uruguai, uma rota terrestre começa a se estabelecer para realizar o apressamento do gado chimarrão (selvagem) existente no atual pampa uruguaio e brasileiro em sua face com o Oceano Atlântico. Surgem as estâncias de repouso do gado que rumava para São Paulo e a distribuição de sesmarias pelo litoral norte a partir de 1732. São os pilares para a ocupação luso-brasileira com o povoamento militar e civil sistemático da Barra do Rio Grande a partir de 1737.
Sesmarias, estâncias de criação de gado, tropeirismo, charqueadas, trabalho escravo e livre, militarização civil das fronteiras são elementos que constituem os pilares civilizatórios que antecedem a diversificação produtiva realizada com a produção colonial em minifúndios dos imigrantes alemães (1824) e italianos (1875) e o processo industrial que tem início na década de 1870.
Nos primórdios dos 1900, a criação de gado e a elite dos pecuaristas de diferentes espectros, ainda são os agentes definidores dos rumos do Rio Grande do Sul frente a arte de fazer política e de administrar os bens públicos.
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