Porto do Rio Grande em 1908

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

DEZEMBRO EM FÚRIA

 

https://metsul.com/radar/. Noite do dia 01-12-2024. 

O início de dezembro não foi nada brando!

Na noite do dia 1 e na madrugada do dia 2, a atmosfera está muito agitada no Rio Grande do Sul.  A pressão atmosférica em Rio Grande caiu para 997 milibares garantindo que o vento vai persistir até que ocorra um equilíbrio das massas de ar acima de 1010 mb.  

Foram dezenas de milhares de raios que caíram (ou subiram) no Rio Grande do Sul e que persistem sua trajetória ruma a fronteira com Santa Catarina. 

Vento forte, granizo, raios e chuva marcou a noite da maioria das cidades gaúchas. Em Arroio do Tigre o vento deixou pelo menos 25 feridos num ginásio que foi destruído. Na região de Carazinho ocorreu muitos danos de estruturas no meio rural. Pela manhã teremos uma visão objetiva das tempestades desta noite/madrugada. 

Em Rio Grande, as células de tempestade começaram a cessar o bombardeio com raios por volta das 21h30. Acompanhei em tempo real estas células e já considerava como superada a atividade atmosférica quando deu um último e intenso trovão. E bota intenso... E não caiu "longe demais das capitais" e nem muito longe da minha cabeça. Foi na minha casa o fenômeno, em local que não identifiquei ainda, mas, que não restou dúvida da ação de um raio por ter sido lançada uma lâmina de eletricidade (relâmpago) através dos pinos de uma tomada na sala. 

E foi o último disparo da noite em Rio Grande. Depois apenas vento e chuva. 

A implacável artilharia cruzou o Rio Grande do Sul e se aproxima de Santa Catarina. E distante no Oceano, na Costa do Uruguai, um ciclone bomba começa a se intensificar... 

Ao longo da vida nunca estive tão perto de um raio. E espero não ter esta experiência novamente. Já tive uma experiência com um tornado arrancando parcialmente o telhado em que eu dormia embaixo e também abro mão de repetir esta aventura. 

Uma frustração ficou: o satélite de raios não indicou a queda. Tinha as imagens de raios próximo a Barra, a Ilha dos Marinheiros etc. Seria a comprovação científica do fenômeno sonoro e visível ocorrido. Se o satélite de raios mostrasse o local em que ocorreu a queda facilitaria identificar e avaliar a lógica da eletricidade ter se deslocado pela fiação até aquela tomada e não em outras. Haviam milhares de pontos em forma de raio no mapa, com um bombardeio absurdo na Lagoa dos Patos, mas... "onde foi parar o meu raio?". 

A relação de cumplicidade não pôde ter amparo no instrumental científico!

O meu raio virou apenas uma peça de ficção ou quem sabe de imaginação?

Se não fosse ter acompanhado a cobertura da MetSul, eu poderia até duvidar se esta noite tempestuosa de fato ocorreu. 

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