Porto do Rio Grande em 1908

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domingo, 8 de setembro de 2024

O NAUSEANTE CHEIRO DA FLORESTA QUEIMADA

https://metsul.com/raios/08-09-2024, 04h30.

Madrugada inteira com queda de raios na cidade do Rio Grande. 

Os raios que foram registrados no Oceano Atlântico são formações de temporal que passaram pelo município produzindo intensa atividade elétrica. 

A chuva está sendo pouca em comparação com a intensidade dos raios e do seu efeito sonoro que são os trovões. 

O que chama a atenção é o intenso cheiro de vegetação queimada que está impregnando o ar e causando sufocamento. Tudo indica que estamos tendo a precipitação com a chuva de parte do material em suspenção cuja origem está nas queimadas na Região Amazônica e Bolívia. 

É deprimente sentir o cheiro da devastação ambiental que ocorre no Brasil, com o maior número de focos de calor (queimadas) desde o ano de 2010. 

A tragédia que está ocorrendo no Brasil e América do Sul (queima de árvores e animais, poluição atmosférica e liberação de CO2), pode ser vista nas cores do céu e do sol, e, agora pode ser percebida no olfato e na tosse que está provocando.  

Sensação melancólica abate a alma ao refletir sobre o significado deste odor. Estamos perdendo a luta para evitar a intensificação do aquecimento global. Uma náusea climática se mistura a visões tortuosa de uma distopia que se aproxima velozmente. Um rio atmosférico percorreu milhares de quilômetros para que a fumaça, como um espectro globalizado, lança-se no extremo-sul do Brasil os vestígios deixados pela devastação florestal. 

Parece que o desejo inconsciente da humanidade é alimentar a atmosfera com mais calor e gases do efeito estufa. Afinal, o equilíbrio climático vai suportar a queima das florestas e do combustível fóssil. Da estratosfera da ignorância, o caminho sem volta estará sempre para além do mais ignóbil ato humano. 

Será? 

https://metsul.com/raios/08-09-2024, 04h30.

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