Porto do Rio Grande em 1908

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quarta-feira, 19 de junho de 2024

DE LONDRES AO EGITO

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O primeiro card é o momento da partida com a movimentação nas ruas de Londres (strassen leben in London). No detalhe circular o Castelo de Windsor.
 
Card n. 11. Barbeiro na rua no Cairo. No círculo a Esfinge e as Pirâmides em Gizé. 

Card n. 12. Motorista de asno e camelo em Assuã. No círculo Luxor. 

 Série em doze cards em alemão com o título From London to Cairo ou "De Londres ao Egito" publicado em 1900 pela empresa alemã de adoçante Saccharin

O interesse de ingleses, franceses e alemães em conhecer o Egito estava em alta no final dos séculos XIX e início do XX. As escavações arqueológicas e o envio de múmias para a Inglaterra, desde os primórdios dos 1800, continuava a aumentar a curiosidade sobre a terra dos faraós. 

A Egitomania foi difundida no século XIX após a missão científica francesa que acompanhou Napoleão Bonaparte (1798-1801) coletando e publicando, a partir de 1820, vultoso material obtido nas pesquisas no Egito. 

As centenas de cards publicados por diferentes empresas, evidenciam o interesse pelo tema que chegou ao seu ápice com a descoberta da tumba de Tutankamon em 1922. 

Nesta série aqui reproduzida a chamada é muito interessante: como ir de Londres ao Egito? O caminho mostrado segue para a Holanda (porto não identificado), Holanda (Ilha de Marken), Alemanha (Berlin/Brandenburg), Alemanha (Dresden), Áustria (Viena), Hungria (Budapeste), Sérvia (Belgrado), Bulgária (Sofia), Turquia (Bósforos), Egito (Cairo/Gizé) e Egito (Luxor e Assuã). 

No Egito o trajeto cobriu a maior extensão do Rio Nilo, pois, foi do Cairo (Baixo Nilo) até Assuã (no Alto Nilo proximidades da Núbia/Sudão), numa extensão de 900 quilômetros.  

Quem, em 1900, colecionou estes cards deveria ficar com o olhar mental muito atraído pela possibilidade em conhecer vários países, inclusive os da Europa Oriental que despertavam da Europa Ocidental frente a sobrevivência do espírito de aristocracias decadentes e congeladas no tempo. Após tantas experiências culturais, o epílogo era o encontro com as ruínas da grandiosa civilização egípcia e uma viagem pelo rio Nilo. E tendo o epicentro do desejo voltado a conhecer a necrópole em Gizé e tocar nas Pirâmides e na Esfinge. Certamente, esta viagem deveria ser inesquecível. 

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