Esta xilogravura publicada em 1557 no livro Duas Viagens ao Brasil (título brasileiro) do mercenário alemão Hans Staden, mostra uma pescaria realizada pelos Tupinambás com arco e flecha.
Staden foi capturado na região de Bertioga (São Paulo) e mantido prisioneiro pelos Tupinambás durante nove meses no ano de 1754. Foi libertado pelos franceses e publicou em Marburgo (atual Alemanha) o seu diário das experiências e observações durante a sua prisão.
Algumas informações sobre as técnicas de pescaria utilizadas pelos Tupinambás ficaram registradas: "Quando em algum lugar um peixe vem à superfície, atiram nele, e somente poucas flechas não atingem o alvo. Assim que um peixe é atingido, atiram-se à água e nadam atrás dele. Certos grandes peixes vão para o fundo quando sentem uma flecha dentro de si. Os selvagens mergulham, então, até cerca de seis braças de profundidade e trazem-nos para a superfície. Além disso, eles têm pequenas redes. O fio com o qual tecem estas redes, retiram-no de longas folhas pontiagudas que chamam de tucum. Quando querem pescar com estas redes, juntam-se e formam um círculo na água rasa, de modo que todos tenham uma área para si. Alguns deles vão, então, para dentro do círculo e batem na água. Se um peixe quiser então fugir para o fundo, ele cai na rede. Quem pegar muitos peixes dá aos que ficaram com menos." Assim o aventureiro alemão Hans Staden (c.1525-1576) descreveu a atividade registrada na gravura acima, em seu livro, publicado originalmente em 1557, Duas viagens ao Brasil : primeiros registros sobre o Brasil (Porto Alegre, Editora L&PM, 2011)".
Mais informações sobre a pesca nos períodos Colonial e Imperial, sugiro a leitura da matéria: https://www.brasilianaiconografica.art.br/artigos/24186/a-pesca-como-aliada-da-liberdade
https://www.brasilianaiconografica.art.br/artigos/24186/a-pesca-como-aliada-da-liberdade#zoom-out |
Detalhe da gravura publicada no livro de Hans Staden (1557). |
Nenhum comentário:
Postar um comentário