Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

SITE PARA PESQUISA NA BIBLIOTECA RIO-GRANDENSE

 

https://www.bibliotecariograndense.com.br/


Esta postagem é para dar uma rápida explicação sobre como acessar o acervo da Biblioteca Rio-Grandense. 

Inicialmente, acesse este endereço: https://www.bibliotecariograndense.com.br/

Vai aparecer esta tela:



Clicando em Histórico se obtém o básico da historicidade da Instituição:



Para conhecer algumas das Coleções do acervo da Biblioteca Rio-Grandense:  


Desejando pesquisar livros ou obras do acervo clique em Catálogo. Abrirá está página em que há uma orientação para digitar a obra desejada:




Havendo interesse em acompanhar os eventos promovidos pela Biblioteca é só clicar em Eventos:


A Biblioteca Rio-Grandense tem uma tradição em publicar obras do seu acervo. Nos últimos anos, tem publicado a Coleção Documentos, junto do CLEPUL/Universidade de Lisboa e a Coleção Rio-Grandense, junto da Cátedra de Estudos Globais/Universidade Aberta de Portugal. 

Para ter acesso gratuito a dezenas de livros basta clicar em Publicações



Espero que estas orientações tenham sido úteis para os leitores e pesquisadores. Quem puder, divulgue para mais pessoas conhecerem o acervo da mais antiga Biblioteca do Rio Grande do Sul. 

https://www.bibliotecariograndense.com.br/


PADARIA E CONFEITARIA COLOMBO

 

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

Raro e interessante anúncio da Padaria e Confeitaria Colombo de Manoel Henrique Carvalho. Fabricava os "afamados biscoutos champagne". 

Esta foi a primeira padaria que frequentei quando me mudei para Rio Grande em 1991. Continua atuante no presente e no facebook afirma que tem mais de 40 anos de história. Porém, verifiquei o endereço Rua Cristóvão Colombo n. 550 no ano de 1938. Em 2024 é a mesma Cristóvão Colombo n. 550. Mesmo que tenha mudado a razão social, percebe-se que o nome da Padaria é o mesmo nos dois tempos. Portanto, a tradição da Padaria Colombo tem pelo menos 86 anos. 

A Padaria Gaúcha completou 100 anos em 2023. Será a Padaria Colombo a segunda colocada em longevidade em Rio Grande?  

FÁBRICA DE CONSERVAS TRIUNFO

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

 Mais anúncios do comércio da cidade do Rio Grande no ano de 1938. Estávamos na véspera da Segunda Guerra Mundial. 

Dona Donguinha executava com perfeição corte de cabelo em senhoras: penteado miss-em-plis e ondulação permanente. 

A Fábrica de Conservas Triunfo de Figueiredo e Filhos estava estabelecida na Avenida Portugal e enlatava frutas, legumes, peixes, camarão. Também atuava com exportação de cereais, cebola, peixe congelado, peixe seco etc. 

TAXAS DO CORREIO EM 1916

Acervo: https://wp.ufpel.edu.br/memoriagraficadepelotas/files/2018/03/Almanach-de-Pelotas-AP-1916.compressed.pdf

 As taxas de Correios no ano de 1916 foram publicadas pelo Almanach de Pelotas

As Cartas Ordinárias e as Cartas-Bilhete eram no valor de 100 réis no Brasil e 200 réis para o exterior. 

Quais os selos ordinários, nestes valores, que circulavam no Brasil em 1916? O de 100 e 200 réis, da série Alegorias Republicanas (lançados originalmente em 1906), receberam uma nova versão em bobina sem o denteado em duas faces. 

O selo de 100 réis traz uma imagem do Almirante Eduardo Wandenkolk. O de 200 réis a imagem do Marechal Deodoro da Fonseca.  



quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

F. E. BUCHHOLZ

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

 Anúncio da F. E. Buchholz que atuava em Rio Grande com comissões, representações, expedição, gasolina e lubrificantes. Este é o ano de 1938. Alguns anos depois Frederico Ernesto Buchholz foi eleito Prefeito do Rio Grande. 

COMÉRCIO, INDÚSTRIA E PROFISSIONAIS EM 1938

 

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

Relação parcial do Comércio, Indústria e Profissionais atuantes em Rio Grande no ano de 1938. 

Muitos nomes são basicamente desconhecidos e outros, por terem recursos para o pagamento de anúncios em jornais, ganham uma visualização que os torna parte da história (sensação de historiador que pesquisa as primeiras décadas do século XX). A importância de olhar para estas listas é de constatar que a prestação de serviços vai além das empresas que conseguem anunciar nos jornais.  

Cafés, fazendas, seguros, padarias, armazéns, confeitarias, barbearias, restaurantes e inúmeras outras prestações de serviços faziam parte do cotidiano da urbe. 

O acesso e as escolhas dos serviços a serem acessados, dependia do nível de renda de cada consumidor. 

ASSOCIAÇÕES EM 1938

 

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

Na véspera do início da Segunda Guerra Mundial, foi publicada esta relação das Associações, Centros, Clubs, Grêmios, Sindicatos e Sociedades que atuavam na cidade do Rio Grande. 

Muitos nomes já são conhecidos e tinham uma consolidada tradição como o Caixeral, Do Comércio, Regatas, Germania, Yatch Club, Rotary, Saca-Rolhas, Barroso, União Operária, Câmara do Comércio, Santa Casa, Empregados da Viação Férrea e vários outros. 

Se existisse (ou existe?) documentação, teríamos aqui um cardápio inesgotável para à investigação histórica. Lamentável, que apenas algumas destas instituições tiveram parte de seus documentos preservados. 

Quem sabia que existiu uma Associação Rio-Grandense de Futebol e uma Associação Rio-Grandense de Professores?

ABEL ASTI & CIA (1938)

 

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

O tradicional armazém de secos, molhados e especialidades em geral de Abel Asti & Cia, continuava atuante na cidade do Rio Grande no ano de 1938. A empresa já tinha mais de três décadas na cidade. 

FARMÁCIA POVO NOVO

 

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

Em 1938, a Farmácia Povo Novo estava instalada na Avenida Major Assumpção com grande sortimento de produtos farmacêuticos e perfumaria. Em dois da semana, havia atendimento médico no local. 

SINCLAIR MOTOR OIL

 

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.


A Agência Auto Geral na Rua Marechal Floriano 455, atuava com acessórios e peças para automóveis.

Era o único vendedor na cidade do óleo lubrificante Sinclair Motor Oil. Esta empresa petrolífera dos Estados Unidos, foi criada em 1916 em Nova Iorque. O símbolo da Sinclair ficou famoso: o mascote era um brontossauro. Nas origens, acreditava-se que o petróleo era o resultado da decomposição de dinossauros em determinadas condições químicas e geológicas.  

Segue abaixo o símbolo da Sinclair:



A. J. BOWEN (1938)

 Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

 
Esta firma instalada na Rua Marechal Floriano n. 139 atuava com cargas marítimas e importava produtos de empresas internacionais como a Republic Steel Corporation; Newport Rolling Mill, Co.; Gilfillan Bros, Inc; Pioneer Rubber Mills; Medusa Portland Cement Co. entre outras. 

AZEVEDO E RAMOS

 

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

No ano de 1938, a empresa Azevedo e Ramos, atuando na Rua Riachuelo n. 11, junto ao Porto Velho do Rio Grande, era representante de ampla linha de produtos que ia de máquinas de escrever até ferragens. 

A GRUTA BAHIANA

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 Este restaurante marcou as décadas de 1930, 1940 e 1950 em Rio Grande. 

O Restaurante A Gruta Bahiana era propriedade de Manoel Lopes e Irmão. Em 1938 o endereço é na Rua General Bacellar n. 257 (quase esquina com Benjamin Constant) e na Rua Benjamin Constant n. 126. Consta uma lenda de que havia uma comunicação interna do Restaurante em que se poderia entrar por uma das duas ruas. Realmente, faz sentido ao observar a localização pelo googlemaps

Este prédio atual em cimento penteado pode ter guardado o estilo arquitetônico do A Gruta Bahiana

https://www.google.com/maps/

CUNHA AMARAL & CIA


Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
 Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 Cunha Amaral & Cia era uma empresa fundada em Rio Grande no ano de 1876. Permanecia ativa e em destaque em 1938. 

Era dividida em setores de atuação: engenho de arroz e exportação de cereais em Pelotas; em Rio Grande, a matriz, funcionava a Fábrica de Conservas (frutas, doces, legumes, peixes e camarões), a exportação de cereais, a seção de importação de secos e molhados e a salga de peixes. 

CHARUTOS POOCK

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.  


 Anúncio da Companhia de Charutos Poock, fundada em Rio Grande em 1891 e que se tornou Sociedade Anônima em 1912. 

A matéria-prima, o tabaco, era adquirido na Bahia, Cuba e nas Colônias Holandesas. A fabricação era toda manual e algumas marcas de charutos ou cigarros do tempo da fundação, ainda eram comercializados com o mesmo nome. Em 1938 o destaque estava para o charuto Commercial. 

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

FÁBRICA DE CALÇADOS LLOPART


Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Esta matéria traz algumas informações importantes sobre a Fábrica de Calçados João Llopart e Cia. 

Foi fundada em Rio Grande em 1902,  pelo espanhol Juan (João) Llopart. Em 1938 estava empregando 180 operários e produzindo anualmente 80 mil pares de sapato e 24 mil pares de alpargatas. 

Escutei uma história de Walter Albrecht sobre o azar que se abateu na família Llopart. A empresa sofrera um grande incêndio que a destruiu quase  inteiramente e que o proprietário havia morrido dentro da empresa por esmagamento. A matéria confirma a informação e ainda traz o falecimento como ocorrido em 3 de fevereiro de 1938.  
 

IGREJA DO CARMO (1938)


Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 



Este histórico da Igreja do Carmo em Rio Grande foi assinado com a data de 1 de março de 1938. A antiga igreja de 1809 fora demolida entre 1928-1929. A nova igreja em estilo neogótico estava finalizando sua construção (ainda sem as torres) e receberia a benção solene no dia 22 de abril de 1938. 

Matéria publicada no Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.



REFINARIA IPIRANGA (1938)

 

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938. 
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

A Companhia Brasileira de Petróleos Ipiranga S.A. havia sido inaugurada a apenas dez meses quando da realização desta publicação. 

A Destilaria instalada em Uruguaiana se tornou uma Refinaria de petróleo, no ano de 1937, nas margens do Saco da Mangueira em Rio Grande. 

A matéria acertou na previsão da revolução que o "ouro negro" produziria em escala cada vez maior e de que as estradas de rodagem ainda cruzariam todos os quadrantes do Estado do Rio Grande do Sul. 

A precariedade ou ausência de estradas de rodagem era parcialmente amenizada pelo trem. A partir dos anos 1950 o rodoviarismo se implantou enquanto política de desenvolvimento nacional e Rio Grande viu a sua refinaria ser fortalecida pela ampliação do consumo e surgimento de centenas ou milhares de postos de gasolina pelo país. Gasolina, diesel, óleo etc, produtos que vão se tornando indispensáveis frente ao crescimento da frota brasileira. 



MONUMENTOS A ARTIGAS E RODÓ

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 


Esta matéria publicada no Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938 é elucidativa em relação a inauguração dos monumentos ao General Artigas e a Jose Henrique Rodó. 

Ambos os monumentos foram inaugurados em 25 de agosto de 1937 quando da visita da embaixada do Uruguai a Rio Grande. 

O busto de Artigas foi obra do escultor Adolfo Peña e instalado no Jardim Montevidéo. O monumento dedicado a Rodó foi colocado na Praça Barão de São José do Norte sendo o bronze autoria de Mateu Tonietti. 

Autoridades uruguaias e brasileiras estiveram presentes, inclusive o Secretário Estadual de Educação, o historiador Otelo Rosa. 

LUIZ LORÉA EM 1938

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Um dos mais destacados empresários da cidade do Rio Grande foi Luiz Loréa. Iniciou no comércio de secos e molhados e se projetou para o comércio de importação e exportação e a industrialização. 

Entre suas empresas a de importação e exportação, a fábrica de cordoaria, fábrica de juta e o Plano Inclinado Rio-Grandense (fundição e estaleiro naval). 

Estas informações constam no Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938. 

SWIFT EM 1938

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Anúncio da Companhia Swift do Brasil S.A. com fábricas em Rio Grande, Rosário e Bagé. 

Estas informações foram publicadas no Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938. 

CINEMA EM 1960

 

Jornal Rio Grande, 19 de janeiro de 1960. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Esta é a programação dos cinemas em Rio Grande no dia 19 de janeiro de 1960. 

Haviam cinco cinemas em funcionamento: Glória, Sete de Setembro, Carlos Gomes, Avenida e Guarani. 

Na análise de cinema, a expectativa estava na estreia do filme Terra Cruel (1958). 

BONDE ELÉTRICO EM 1960

 

Jornal Rio Grande, 17 de janeiro de 1960. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Entre a crítica e a irreverência, "assim caminhava a imprensa em Rio Grande" no ano de 1960. 

Desta vez o alvo são os bondes, no caso a Linha até o Prado. Havia uma altura excessiva entre o solo e o estribo do bonde. Isto dificultava ou tornava perigoso de ocorrer uma queda ao subir ou descer. E daí veio o comentário precioso: "Uma senhora, a poucos dias, teve de subir no bonde ajoelhando-se no estribo, embora nada de sagrado ali merecesse a sua reverência". 

FILATELIA EM 1960



Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 A coluna Filatelia foi publicada pelo Centro Filatélico do Rio Grande (fundado em 07-01-1931) no jornal Rio Grande. 

Nesta edição do dia 15 de janeiro de 1960 está sendo divulgada a campanha para aquisição de uma sede própria além de outros temas caros aos filatelistas. 


CEEE EM 1960

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 Primeira página do jornal Rio Grande de 13 de janeiro de 1960. 

Uma discussão que já se estendia a longo tempo e que prosseguiria pelos anos, era voltada aos problemas de fornecimento de luz elétrica na cidade do Rio Grande. 

As quedas de luz e os períodos de desabastecimento causavam transtornos às pessoas e às indústrias. Até o fornecimento de água ficava prejudicado devido aos motores não conseguirem pressionar o líquido para chegar, pela canalização, aos consumidores. 

A matéria destaca que geradores estavam sendo enviados para cidades da fronteira. O desespero é tal que se busca argumentar que Rio Grande é que necessitava dos geradores devido a ser um polo industrial que estava se estagnando. Um dos motivos seria a insegurança para os empresários do fornecimento de energia. 

A CEEE  é uma pauta que tem mais de 70 anos na cidade do Rio Grande. E continua rendendo murmúrios e lamentos. 

BRIZOLA E A SWIFT

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 O fechamento da Cia. Swift gerou muitos debates na cidade do Rio Grande. 

A empresa que mais empregos gerava na cidade deixou inúmeros desempregados. A revolta e a busca dos motivos da multinacional americana, instalada na cidade desde 1918, ter abandonado o empreendimento gerou versões para o ocorrido. 

O jornal Rio Grande do dia 13 de janeiro de 1960 deixou claro a sua posição sobre o assunto. Fez referência a críticas feitas pelo Deputado Estadual Carlos Santos na Assembleia Legislativa, o qual atacou a empresa pelo abandono das atividades em Rio Grande. Já o jornal Rio Grande, apontou o governo estadual "que na pecuária o governo a muito que interfere e aí está o caos!". O governo estadual restringiu o abate do gado direcionado aos frigoríficos, pois, o rebanho gaúcho estaria reduzindo significativamente. 

A referência crítica ao governo estadual remete ao personagem considerado fundamental no abandono da Swift da cidade: o governador Leonel de Moura Brizola, que ficou no poder estadual entre 1959-1963. A difusão deste pensamento também está ligada a aversão discursiva de Brizola ao empresariado que ele denominava de "ianque" no Brasil. Este foi o debate que perdurou e ainda se mantém no imaginário de quem viveu aqueles tempos difíceis em Rio Grande. 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

EDIFÍCIO E GALERIA SÃO PEDRO (1960)

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Jornal Rio Grande de 12 de janeiro de 1960 está anunciando a construção de um "verdadeiro gigante de concreto": o Edifício e Galeria São Pedro. 

Estava surgindo o primeiro edifício e galeria da cidade. Seguiram a construção do edifício Galeria Conde (1978) e do edifício Galeria Papaléo (1987). 





BARCA PARA ILHA DOS MARINHEIROS

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 


O jornal Rio Grande do dia 12 de janeiro de 1960 está relatando que "ficou na conversa" da classe política a campanha de colocar uma barca permanente ligando a Ilha dos Marinheiros com Rio Grande. 

A discussão da ligação da Ilha dos Marinheiros com a cidade, remonta a década de 1850, quando se projetou a construção de uma ponte entre a Ilha e o Bosque. Em 1960 o que se desejava é uma barca para o deslocamento da produção agrícola e dos moradores. Porém, as críticas eram de que tudo não passava de "promessa" de políticos. 

PAVIMENTAÇÃO NO CASSINO

 

Jornal Rio Grande, 11 de janeiro de 1960. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Melhorias e desafios que o Balneário Cassino vivia em 1960 foram destacados nesta matéria. 

A ênfase principal era a necessidade de ampliar o número de ruas pavimentadas, calçadas nos passeios e no leito que os veículos devem percorrer. Substituir a areia ou a cinza por asfalto ou paralelepípedos.

CASSINO EM 1960

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 O Cassino é destaque na manchete do jornal Rio Grande de 11 de janeiro de 1960. 

O atual veraneio de 2024 se caracterizou no Cassino por uma intensa fiscalização pela Brigada Militar e Polícia Rodoviária Estadual. 

A matéria de 1960 descreve a atuação da Polícia Rodoviária solicitando documentos de habilitação dos motoristas, comprovação de propriedade do veículo e outras ações. 

REFINARIA IPIRANGA

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

A primeira refinaria de petróleo brasileira foi instalada em Rio Grande no ano de 1937. 

Ao longo dos anos a Refinaria Ipiranga se caracterizou pelo crescimento econômico e pela forte interação com a comunidade local. A presença em ações para o desenvolvimento da cidade e para a preservação da cultura material foram marcantes. 

Nesta reportagem do jornal Rio Grande do dia 11 de janeiro de 1960 é descrita a festa de natal para os funcionários da Ipiranga no ano de 1959. 

CARLOS SANTOS E A SWIFT

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Jornal Rio Grande de 9 de janeiro de 1960 traz em sua primeira página a manchete "Deputado Carlos Santos acusa a Cia. Swift". 

O fechamento do Frigorífico Swift em 1959, desencadeou uma grave crise econômica e social na cidade. Era a empresa que mais gerava empregos. O Deputado Carlos Santos, "ficou contristado e apreensivo com o que viu em Rio Grande, ao verificar que o seu parque industrial, outrora pujante, hoje se notabiliza apenas pelo estoicismo e capacidade de sofrimento do povo que enfrenta tremenda e alarmante crise econômico-social". 

A GRANDE CRISE INDUSTRIAL (1960)

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Jornal Rio Grande do dia 7 de janeiro de 1960, publicou esta nota do Centro de Indústrias de Rio Grande. 

Francisco Martins Bastos assinou o documento que contextualiza alguns aspectos da grave crise econômica que a cidade estava passando. Nos anos 1950, houve uma retração do setor industrial com o fechamento de várias fábricas, inclusive, com a falência das empresas de Luiz Loréa. 

Bastos faz referência a Cia. de Fiação e Tecelagem (Fábrica Nova) e ao Frigorífico Swift. Somente as duas empresas, representavam mais de dois mil empregados que foram perdidos. Menos renda circulando levava ao enfraquecimento do comércio local que levou a demissões. A conjuntura era de avanço da inflamação brasileira (40% em 1959) e perda do valor dos salários. 

A imprensa porto-alegrense já noticiava do fechamento do Frigorífico Anselmi e da Cia. União Fabril. Bastos desmentiu as especulações que estavam implantando o pânico na cidade. A União Fabril permaneceu em atividade até o seu fechamento em 1968. Reabriu como Inca Têxtil em 1970. 

Francisco Martins Bastos deu o norte do seria o novo paradigma industrial local: a indústria do pescado que gerou muito emprego até meados da década de 1980. 

PULGAS NO CINEMA

 

Rio Grande, 4 de janeiro de 1960. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Entre buracos na estrada para o Cassino, calçadas esburacadas, péssima iluminação etc, o problema que também afligia a cidade entre o final dos anos 1950 e o início do ano de 1960 era as pulgas. 

Muito escutei de cinemas de bairro serem lembrados pelas pulgas. Mas em 1960 a crise se tornara generalizada nos cinemas do centro. Na General Bacelar funcionava o Cine Sete de Setembro ("reduto preferido das pulgas") e o Carlos Gomes. O cinema exige concentração, mas, "as pulgas provocam o gingar constante dos espectadores, tornando desagradável a sessão cinematográfica". E a situação se tornava ainda mais trágica com as "pulex irritans" resolviam ir junto para a casa do cinéfilo.