Acervo: Biblioteca Nacional (RJ). |
O Almanaque Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul para o ano de 1891 publicou esta matéria fazendo uma síntese da cidade de Pelotas nos primórdios da última década do século XIX.
A expansão da economia charqueadora marcou a localidade desde o final do século XVIII e possibilitou uma rápida evolução político-administrativa que a tornou cidade em 1835.
O charque garantiu um incremento comercial e de prestação de serviços que desencadeou um crescimento populacional que colocou Pelotas como a cidade mais populosa do Rio Grande do Sul apenas atrás da capital Porto Alegre.
O texto começa afirmando que "indubitavelmente Pelotas é hoje a mais elegante cidade da república brasileira e uma das mais florescentes devido ao extraordinário aumento do seu comércio, indústrias e artes". Na sequência traz informações sobre estrutura urbana em diferentes ângulos.
Este é mais um texto que traz a construção de Pelotas, a "Princesa do Sul" com a dimensão aristocrática, elegante, voltada a cultura teatral e literária, aprazível até nos aspectos pitorescos da natureza e um modelo civilizatório que transcende o regional e se projeta nacionalmente.
A construção de uma identidade aristocratizada foi um projeto persistente que se estendeu ao longo do século XIX e que encontrou difusão na imprensa literária e noticiosa pelotense.
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