Almanaque Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul para 1897. http://memoria.bn.br |
Vamos recuar até 1897!
A Rua Coronel Sampaio em Rio Grande era muito diferente do cenário atual marcado pela decadência estrutural e arquitetônica. Era um local próximo ao Porto Velho e inclusive serviu, no início do século XX, como Cais em que os passageiros ou tripulantes das embarcações tinham o seu primeiro contato com a cidade.
Alguns vestígios deste casario sobreviveu ainda edificado ou em ruínas expondo o belo ladrilho hidráulico e as escaiolas nas paredes.
A Santa Casa nasceu nesta rua (próximo a Rua Marechal Floriano) em 1832. A Rheingantz começou a funcionar na Coronel Sampaio em 1873 (proximidades da atual Praça das Bandeiras).
Porém, eu desconhecia ter existido uma Fábrica à Vapor de Conservas de Alimentos Mendes & Costa.
Seguindo a numeração atual esta Fábrica deveria se situar na esquina da Rua Coronel Sampaio com a Rua Riachuelo.
Produzia enlatados diversificados: carne de vaca, porco, aves, caças, peixes, camarões, legumes, massa de tomate, frutas em calda, geleias, marmeladas etc.
Fábricas de Conservas atuaram em Rio Grande, como é o caso da Leal, Santos & Cia e da Cunha Amaral, aproveitando a oferta de matéria-prima: o gado da campanha gaúcha, peixes e camarões da Lagoa dos Patos, legumes, verduras e frutas das Ilhas de Rio Grande (como é o caso da Ilha dos Marinheiros).
O ramo era promissor, pois, em 1941 ainda existiam oito fábricas de conservas no município.
Nenhum comentário:
Postar um comentário