Echo do Sul, 30-01-1898. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.
Baile a fantasia no Salão da Moda localizado na Rua Marechal Floriano n. 93.
Como diz o anúncio "demos tréguas às mágoas e afoguemos nas delícias de uma polka... As tristezas não pagam dívidas".
Quem ainda ficou em dúvida, o maestro-diretor Martins enfatiza: "Ao can-can! À folia! Amor à vida que a morte é certa!". Grande filósofo o Martins...
O problema é que não dá para voltar no tempo até o Carnaval de 1898. Não dá para recuar 125 anos no tempo e escapar, por maior que seja o desejo, da Reforma da Previdência, da Reforma do Plano de Saúde, da Reforma Tributária, da Covid, do arrocho salarial e de um zilhão de coisas...
Mentalizei por mais de uma hora este anúncio e imaginei o salão, confeti, serpentina, foliões animados, mascarados ao estilo do carnaval de Veneza, alegria espalhada pelo ambiente. Porém, como poderia estar lá se nem meus pais haviam nascido? A lógica da biologia poderia ser superada? Foi quando abruptamente o anúncio do Carnaval de 1898 foi se desvanecendo e no lugar surgiu esta imagem que reflete a vida de milhões de brasileiros no tempo presente:
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