Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Echo do Sul do dia 3 de março de 1896 na coluna "Avisos Marítimos" informa sobre o paquete alemão Lydia vindo de Hamburgo era esperado em Rio Grande.
O vapor nacional Itabira da Companhia Nacional de Navegação Costeira era esperado em Rio Grande vindo de Porto Alegre, seguindo para outros portos brasileiros como o Rio de Janeiro.
Se a chegada de Porto Alegre fosse no dia 02 de novembro de 2023, a navegação já seria muito perigosa com os ventos que tem ultrapassado a marca dos 60-70 km/h. A Lagoa dos Patos forma marolas (ondas curtas) que desestabilizam e podem afundar embarcações menores e causam muita turbulência (e até naufrágios) nos vapores da época. Os passageiros desembarcavam "mareados" depois de sacudir por mais de 24 horas.
Trazendo para o nosso tempo presente, com o vapor chegando ao Porto do Rio Grande, com a formação do ciclone extratropical nesta madrugada da sexta-feira (3 de outubro), a embarcação ficaria atracada no cais esperando uma melhora no tempo. No Oceano estão previstas ondas de até 7 metros de altura. Talvez domingo ou segunda o "Itabira" poderia sair pela Barra e tomar o caminho do Rio de Janeiro.
Em 1896 não se tinha minimamente o suporte atual para previsão meteorológica, ocasionando o naufrágio de inúmeros navios quando da formação destes ciclones que provocam ventos em alto mar, como no caso deste que está se formando, com velocidade de 120 a 150 km/h (no Oceano...).
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