Metsul, 07-07-2023. https://metsul.com/wp-content/uploads/2023/09/romar.jpg Fotografia: Romar Rigon. |
O Sete de Setembro foi dos mais melancólicos possíveis!
A chuva castigou novamente o Rio Grande do Sul e desta vez contemplou também Rio Grande com fortes chuvas e vento. Foram 70mm a precipitação na cidade. E no final foi um alívio, pois a previsão para o período das 23h-24h seria uma queda de mais 22 milímetros. Um pouco antes das 23 horas as pesadas nuvens silenciaram o seu contínuo lançamento de raios (e seu humor horroroso) e rumaram para o Oceano sem mais precipitação em terra.
E enfatizo a atividade elétrica, pois no Rio Grande do Sul, entre 17 horas da quarta-feira e 17 horas da quinta-feira, conforme a Metsul, foram registrados 101 mil raios!
Teremos uma segunda rodada já a partir de segunda-feira quando o mal tempo voltar.
Será difícil esquecer este setembro que iniciou trazendo a tragédia do Rio Taquari e a enchente em outros rios com a inundação de dezenas de cidades gaúchas.
Tendo continuidade as intensas chuvas na Bacia do Atlântico somos nós - em Rio Grande - o último bastião a garantir que o nível dos rios baixem: eles estão descarregando o excesso de água no Lago Guaíba e na sequência na Lagoa dos Patos. A nascente do Rio das Antas (que forma o Rio Taquari) está a 1.260 metros de altura e lança suas águas doces nas águas salgadas do Oceano no nível zero de altura. É uma longa decida e por vezes, uma trágica decida como está ocorrendo agora naquelas comunidades.
Esta grande Lagoa dos Patos chega a ter 70 quilômetros de largura, porém, na Barra do Rio Grande fica reduzida para cerca de 650 metros.
E água das enchentes vai precisar se afunilar e ser lançada no mar.
Nos próximos dias começaremos a sentir o aumento do nível das águas junto às margens da lagoa (hoje o nível estava alto pois o vento freava o escoamento). Precisamos torcer que quando o volume da água chegar o vento esteja favorável e contribua para o escoamento no Oceano.
Esta é a função geográfica-histórica local cuja formação geomorfológica da Barra do Rio Grande ocorreu a cerca de cinco mil anos e a ocupação humana sistemática desde 1737, ou seja, quase trezentos anos. Que o curso natural das águas tenha continuidade.
Estamos acompanhando os eventos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário