Ruínas de São Miguel em 1846. Alfred Demersay. |
A Missão de São Miguel das Missões (ou São Miguel Arcanjo) foi declarada Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, pela Unesco no ano de 1983.
Há quarenta anos, em 1983, eu era estudante de História na Universidade Federal de Santa Maria. Num ônibus da UFSM, os acadêmicos foram visitar as ruínas do povoado missioneiro de São Miguel o qual começou a ser edificado pelos índios guaranis/missioneiros e pelos padres jesuítas em 1687.
Era uma noite muito fria e com um gélido chuvisqueiro! Sentados nas arquibancadas, os acadêmicos assistiram ao espetáculo "Som e Luz".
Literalmente, não tínhamos noção da relevância e projeção internacional do processo histórico missioneiro, ocorrido entre os séculos XVII e XVIII. As ruínas da catedral onde as luzes se projetavam e dissipavam brevemente a escuridão, eram a sobrevivência de um projeto arquitetônico de 1735 que buscou reproduzir o principal templo jesuítico no planeta: a Igreja de Gesú, em Roma.
Em 1990, professor da Unijuí/Campus Santa Rosa, coordenei o Centro de Estudos Missioneiros e tive a noção da grandiosidade daquela experiência histórica: visita às ruínas e a sítios, observação de artefatos arqueológicos, acesso a ampla produção escrita sobre a história das Missões Jesuítico-Guaranis, conversas com especialistas e participação em seminários. Um somatório de vivências que te leva a sentir um pertencimento ao telurismo missioneiro e as raízes platinas latino-americanas.
E o primeiro contato, a semente inicial, ocorreu há 40 anos!
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