Almanak Laemmert para 1914. Acervo: http://memoria.bn.br/pdf/313394/per313394_1914_B00070.pdf |
Quem ficava mareado ao fazer uma viagem fluvial ou marítima tinha sérios problemas quando as águas eram o principal ou, por vezes, o único meio de deslocamento entre cidades.
Viajar em diligências (restrita área de abrangência), de trem (poucos ramais) ou, excepcionalmente (pela falta de estradas) utilizar automóveis, foram conquistas lentas e limitadas.
Em 1927 chegou o hidroavião mas era muito caro e ligava um número muito restrito de localidades (como a Linha da Lagoa entre Rio Grande-Pelotas-Porto Alegre).
Viagens mistas eram as mais comuns com trem e depois diligência.
Desde o ano de 1500, a viagem em embarcações é o meio essencial para os deslocamentos da Europa e entre as capitanias/províncias brasileiras. O investimento neste modal era o mais consistente. Ao longo do século XX o trem, o avião e o automóvel/ônibus mudarão este cenário...
Porém, em 1914, viajar de navio ainda era o meio mais eficiente que interligava várias localidades do Rio Grande do Sul. No caso da cidade do Rio Grande, era a forma mais rápida (e viável) de cruzando a Lagoa dos Patos chegar até Porto Alegre. Era também o deslocamento mais ágil até Santa Vitória do Palmar e Jaguarão via Lagoa Mirim.
Conforme o Almanak Laemmert para 1914, entre Porto Alegre, Rio Grande, Pelotas, Jaguarão e Santa Vitória operavam os vapores Juncal, Mirim e Brasil de propriedade de Augusto Leivas & Comp.
Cada um destes vapores fazia três viagens mensais entre Rio Grande e Porto Alegre, Rio Grande e Santa Vitória e Rio Grande e Jaguarão. Os vapores faziam o caminho de volta também em três dias do mês.
Era necessário se organizar muito bem pois a viagens diárias (de ônibus) não passavam de uma ficção.
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