Porto do Rio Grande em 1908

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sexta-feira, 28 de outubro de 2022

A CRISE DOS MÍSSEIS

Presidente John Kennedy explicando na televisão a descoberta dos mísseis em Cuba. 

A tensão que movimentou internacionalmente o ano de 1962 foi o ápice da Guerra da Fria em sua dimensão do uso de artefatos nucleares. Nunca se esteve tão perto do “fim do mundo” como no período entre 16 e 28 de outubro.

 Aviões-espiões norte-americanos U-2 fotografaram em Cuba a construção de uma base de lançamento de mísseis nucleares dirigidos a cidades americanas. Dada a posição estratégica de Cuba no Caribe, um míssil poderia atingir Washington em apenas 13 minutos. A Marinha Americana cercou Cuba e ocorreram negociações com a União Soviética para a retirada dos mísseis.  Os Estados Unidos planejaram a invasão da Ilha mas desconheciam que os cubanos estavam com armas nucleares táticas (o armamento que hoje está em discussão). 

A possibilidade de iniciar um conflito nuclear esteve muito próximo de ocorrer o que significaria ataque ao território americano, soviético e cubano com ogivas termonucleares.  O que restaria no planeta de um confronto desta dimensão? 

Mesmo distante da área dos impactos a circulação da radiação poderia ser global, além, do inverno nuclear se estabelecer e dizimar a produção agrícola e pecuária. As tratativas mantidas entre John Kennedy e Nikita Kruschev levaram a um acordo de desmontagem dos mísseis de Cuba em troca da retirada de mísseis balísticos americanos da Turquia.  

O mundo respirou aliviado e 60 anos depois a Guerra Fria foi reavivada pelas ações de Putin iniciando a invasão e Guerra contra a Ucrânia. E diferente de 1962, a linguagem direta utilizada por representantes russos foi de ameaçar com ataque nuclear em caso de território russo ser atacado. Como algumas áreas ucranianas estão sendo consideradas território russo o cenário se torna mais tenso.  

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