Presidente John Kennedy explicando na televisão a descoberta dos mísseis em Cuba. |
A tensão que movimentou internacionalmente o ano de 1962 foi o ápice da Guerra da Fria em sua dimensão do uso de artefatos nucleares. Nunca se esteve tão perto do “fim do mundo” como no período entre 16 e 28 de outubro.
Aviões-espiões norte-americanos U-2 fotografaram em Cuba a construção de uma base de lançamento de mísseis nucleares dirigidos a cidades americanas. Dada a posição estratégica de Cuba no Caribe, um míssil poderia atingir Washington em apenas 13 minutos. A Marinha Americana cercou Cuba e ocorreram negociações com a União Soviética para a retirada dos mísseis. Os Estados Unidos planejaram a invasão da Ilha mas desconheciam que os cubanos estavam com armas nucleares táticas (o armamento que hoje está em discussão).
A possibilidade de iniciar um conflito nuclear esteve muito próximo de ocorrer o que significaria ataque ao território americano, soviético e cubano com ogivas termonucleares. O que restaria no planeta de um confronto desta dimensão?
Mesmo distante da área dos impactos a circulação da radiação poderia ser global, além, do inverno nuclear se estabelecer e dizimar a produção agrícola e pecuária. As tratativas mantidas entre John Kennedy e Nikita Kruschev levaram a um acordo de desmontagem dos mísseis de Cuba em troca da retirada de mísseis balísticos americanos da Turquia.
O mundo respirou aliviado e 60 anos depois a Guerra Fria foi reavivada pelas ações de Putin iniciando a invasão e Guerra contra a Ucrânia. E diferente de 1962, a linguagem direta utilizada por representantes russos foi de ameaçar com ataque nuclear em caso de território russo ser atacado. Como algumas áreas ucranianas estão sendo consideradas território russo o cenário se torna mais tenso.
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