Porto do Rio Grande em 1908

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sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

CRISE CLIMÁTICA?

 Matéria da CNN do dia 23 de dezembro de 2021:

“A crise climática teve um impacto catastrófico em todo o mundo em 2021. Do Ártico à Louisiana, passando pela província chinesa de Henan, sinais de que a mudança no clima já está alterando nosso planeta estavam por toda parte.

Nos Estados Unidos, enchentes históricas isolaram e mataram pessoas em porões submersos. No Canadá, uma cidade inteira foi destruída por um incêndio florestal alimentado por calor extremo. A chuva caiu no ponto mais alto da Groenlândia pela primeira vez.

Com o aumento dos desastres climáticos, o mundo se alinhou em torno do combate à crise: os cientistas publicaram um relatório marcante que concluiu que os humanos são inequivocamente os culpados.

Mas as promessas não foram cumpridas em 2021, e os humanos estão emitindo gases do efeito estufa na atmosfera que aquecem o planeta mais do que nunca. Especialistas agora alertam que a Terra está atualmente no caminho para o aumento de 2,40°C de aquecimento acima dos níveis pré-industriais, muito além o limite crítico de 1,50°C, que os cientistas dizem que devemos ficar abaixo.

Os desastres deste ano são a prova de que a crise climática está se intensificando e que a janela está se fechando rapidamente para reduzir nossa dependência dos combustíveis fósseis e evitar mudanças que transformariam a vida como a conhecemos”. https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/enchentes-incendios-florestais-e-urgencia-a-crise-climatica-em-2021/

Estava sentindo náuseas após assistir por cinco horas uma Audiência de licenciamento ambiental (22-12) e fiz a leitura desta matéria da CNN: cada palavra repetida enfaticamente por cientistas me soou patética. Vozes distantes num mundo real feito de pragmatismo.   

Assistir a Audiência Pública do Licenciamento Ambiental da “Estação de Recebimento, Armazenagem e Regaseificação de Gás Natural Liquefeito no município do Rio Grande” deixou bem claro a dimensão de previsibilidade do processo de licenciamento. RIMA enfático e negacionista das adversidades. Vozes defendendo enfaticamente o projeto. Raras vozes difusas questionando. Nenhuma organização ambiental crítica se posicionou. Organização ambiental local conclamou apoio e que deseja parte das polpudas compensações ambientais = dinheiro para projetos. Atores locais discutiam as contrapartidas financeiras e não o mérito da segurança e poluição. Um vazio crítico. Um desalento humano e ambiental. Assim caminha a humanidade... Assim definimos o nosso legado... Assim contribuímos para a negação da viabilidade do futuro...    

Em síntese, depois de tantas horas de Audiência concluí:

É um projeto regional que pode salvar o Rio Grande do Sul.  Viva...

Teremos compensações ambientais. Urra...

O Polo Naval foi uma frustração para Rio Grande, mas, agora vai...

Para onde vai? Só o tempo dirá. 

Para onde iremos? Nem nós sabemos.

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