Conferência de Glasgow. https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images |
A emissão de combustíveis fósseis se intensificaram desde 1880 e a temperatura do planeta tem aumentado num ritmo mais rápido do que o esperado. Na década passada foram registradas as temperaturas mais quentes desde os registros no século XIX. A concentração de dióxido de carbono na atmosfera é a maior dos últimos 3 milhões de anos e é resultado da Revolução Industrial baseada na queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás natural.
A corrida industrial está cada vez mais intensificada desde que a China entrou no mercado globalizado (a partir de 2001) e hoje é o maior emissor de combustíveis fósseis do planeta (quase 28% das emissões). Reduzir as emissões é essencial e seria imprescindível para as maiores economias pelo seu potencial poluidor. Porém, a meta da neutralidade de carbono até o ano de 2050 não está no horizonte de três grandes potências: a China, a Rússia e a Índia. Os dois primeiros países deram o prazo de 2060 e a Índia de 2070. Cientistas acreditam que cessando hoje as emissões o planeta continuaria a esquentar, mas, talvez, num ritmo menos rápido. Por isso a meta de reduzir a emissão de gases de efeito estufa o mais breve possível, que seria três décadas ou menos, se tornou imprescindível.
Na geopolítica do clima os interesses econômicos e políticos poderiam acabar se impondo frente aos esforços de racionalização na emissão de dióxido de carbono: este cenário está se esboçando.
Numa economia concorrencial globalizada a não adesão de alguns pode significar a conquista de mercados. Por outro lado, isto pode levar a perda de concorrência e a falência de outros países industrializados que terão um encargo com reflorestamento, redução ampla do uso de combustíveis fósseis, ampliação de investimentos em energias renováveis e tecnologias industrias que restrinjam radicalmente a poluição.
Os que fizerem a lição de casa continuarão a ser penalizados e verem o empobrecimento do seu PIB. Se vislumbra um cenário complexo no equilíbrio das relações diplomáticas internacionais.
Não chegar a um documento em comum em Glasgow será muito desanimador num momento crítico!
Matéria da Metsul tem por título: "Brasil assume compromisso do clima que a China se nega". Se este encaminhamento brasileiro for uma meta a ser sustentada, poderíamos começar por questionar os novos empreendimentos que vão na completa contramão do que precisamos fazer para contribuir com a redução das emissões de combustível fóssil (que estão diretamente ligados ao aquecimento global).
E Rio Grande tem caminhado na direção contrária de tudo o que se discute ambientalmente para a sobrevivência futura da espécie humana no planeta: estamos cada vez mais nos consolidando como um núcleo poluidor de grandes proporções.
Os anúncios do governo do Estado do Rio Grande do Sul de que pretende agilizar a instalação de uma Usina Termoelétrica a gás no Distrito Industrial e muito próxima do núcleo urbano da cidade é no mínimo aterradora.
É preciso refletir criticamente sobre: o impacto nas emissões de CO2 contribuindo para o aquecimento global; de poluentes atmosféricos que afetarão a saúde dos moradores e o impacto ambiental no Saco da Mangueira/estuário da Lagoa dos Patos.
Neste momento, não estamos sozinhos questionando empreendimentos industriais poluidores locais, mas, podemos fazer parte de uma aspiração internacional ou uma identidade ambiental que tem se intensificado frente as mudanças climáticas que atingirão todos os continentes.
Deixo aos leitores o endereço da matéria da Metsul com dados mais precisos sobre a conferência em Glasgow: https://metsul.com/brasil-assume-compromisso-do-clima-que-a-china-se-nega/
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