O Navio e o Barco. Porto Alegre: CasaLetras, 2021, p. 160. |
Ricardo Souto Souza. |
Sugiro a leitura do livro de Ricardo Souto Souza “O Navio e
o Barco”.
Ricardo foi meu aluno no Curso de História da Furg e mantém
um nível de conhecimento (ele também é formado em Direito) que sempre admirei.
Sua monografia de conclusão de Curso mostrou maturidade e escrita acadêmica
superior. Foi uma grata surpresa saber que o Ricardo, um vocalista do rock,
também enverada com competência no campo da novela policial. São inteligências
múltiplas movimentadas/inspiradas pelo vento da praia do Cassino...
Li o livro numa tocada de heavy metal. Escutei Iron Maiden para dar o clima que o tema propiciou. Fiquei com a percepção de estar frente a um heavy metal filosófico em forma de novela policial.
Lugares do cotidiano da cidade são relatados no livro. Isto permite
viagens mentais até estes cenários onde nossas vidas se realizam. Podemos imaginar
ficcionalmente os cenários visitados em “O Navio e o Barco”. Também podemos refletir sobre os eventos históricos citados em documentos judiciais ou nos registros da mídia.
Afinal, serial killer em Rio Grande não é lenda urbana. A construção ficcional se fundamenta em ações históricas que ocorreram apenas há duas décadas no passado.
Apreciei muito o resultado desta incursão literária que propiciou ótimos flertes entre a História e a ficção. Os cenários do roteiro estão repletos de lugares cotidianos da cidade do Rio Grande nos remete a uma comunidade à beira mar que está transborda de historicidades e narrativas orais a serem reconstruídas na linguagem literária.
O livro apresenta uma narrativa envolvente e repleta de links reflexivos de práticas culturais contemporâneas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário