Conchas na Praia do Cassino no mês de maio de 2021. Fotografia: Luiz Henrique Torres. |
A provação sem fim continua...
O coronavírus não baixou a guarda no Rio Grande do Sul e estamos ingressando no inverno num cenário de esgotamento dos leitos de UTI (pelo menos na cidade do Rio Grande...).
Não conseguimos achatar significativamente a curva de novos casos num patamar seguro para ingressar no período mais problemático do ano que é o inverno!
O vírus precisa da aproximação entre pessoas e de espaços fechados. Circulação de ar em habitações é um inimigo e espaços ao ar livre também compromete o seu desempenho.
Janelas e portas fechadas é o que se espera no inverno. Assim como uma maior aproximação entre as pessoas. Ar mais saturado de CO2 faz a alegria deste vírus.
Já estamos com a variante amazônica sendo majoritária e presenciamos a chegada da variante indiana (ainda uma incógnita em sua transmissão e letalidade).
O maior problema que surge em nosso horizonte imediato - pois, enquanto escrevo, o rugido provocado pelo vento de 60 km/h está trazendo mais um presente da Antártida: mais uma frente fria.
Sei... o inverno climático (e não o astronômico) já está começando. Mas o maio já foi um castigo em termos de frio...
Depois desta frente fria, que inicia hoje, teremos no final de maio uma poderosa entrada de ar polar que pode jogar os termômetros para próximo a zero graus no Rio Grande do Sul!
"Mas que a entrada do inverno seja congelante, pois, que é a sua personalidade no Sul,
pero, que não dure...".
"Se ai que endurecer
que non perca la ternura...".
Porém, aí reside um problema ainda hipotético: a Austrália teve neste mês de maio uma sequência de dias frios que não ocorriam desde 1967. A sequência de noites frias não ocorria desde 1955 (ano em que o Rio Grande do Sul registrou a temperatura mais fria dos seus registros históricos).
Como destaca o site da Metsul o frio na Austrália ( e na Oceania) não é uma previsão para o Sul do Brasil e, sim, apenas um referencial fundado em analogias históricas que várias vezes tiveram conexão no tempo passado.
O inverno já é um período crítico para quem vive o horror desta pandemia. Um inverno muito rigoroso é um cenário que vai exigir ainda mais cuidados com a proteção individual.
Ampliar e intensificar o uso de máscaras de proteção e os cuidados individuais de limpeza das mãos deverão ser uma preocupação não apenas fora de casa e sim "dentro de casa".
Estamos no limiar de um período crítico?
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