Porto do Rio Grande em 1908

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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

JOHNNY CASH - HQ


Johnny Cash - uma biografia. Porto Alegre: 8INVERSO, 17,2 x 24cm, capa flexível, p&b, p. 224. Roteiro e Arte: Reinhard Kleist. 


Resenha da Editora:

"Nessa biografia em quadrinhos, um lado mais obscuro do cantor é sublinhado pela expressividade das imagens e pela dinâmica quase cinematográfica que Kleist imprime ao roteiro. Johnny Cash aqui é um solitário, um patriota, um rebelde contra o sistema do music business. A história, contada por um dos detentos da prisão de Folsom – palco de um dos mais famosos espetáculos da carreira de Cash ― concentra-se nas décadas de 1950 e 1960, mas é enriquecida com passagens da infância e juventude de Johnny Cash, com recriações visuais de algumas de suas mais famosas canções.Tradução do Alemão de Augusto Machado Paim".

 Acabei de ler mais uma preciosidade escrita e desenhada pelo alemão Reinhard Kleist. Desta feita é uma incursão biográfica na trajetória de Johnny Cash. As duzentas páginas deslizam frente aos olhos que alimentam o cérebro o qual cataliza os pensamentos e promove o dialogo com a graphic novel

A raiz familiar de Cash remete ao trabalho no interior dos Estados Unidos e ao blues como expressão melancólica da rotina cansativa e repetitiva das atividades  agrícolas com o algodão. O ritmo blues se aproxima de uma leitura ruralizada que é o country music. Ao ouvir Cash se percebe que, ao cantar, ele conversa melancolicamente com sua voz rouca sem lançar as palavras no ar destituídas de um refinamento e de uma carga de sentido emocional e social. A narrativa country neste viés crítico está repleta de referências ao cotidiano ou as tensões psicológicas e existenciais. Temas como liberdade e cerceamento são constantes nestas letras.


 Kleinst captou algumas destas trajetórias de amadurecimento musical e de crises pessoais, familiares e em relação ao establishment.  O roteirista estabeleceu uma continuidade entre a infância, a projeção profissional, o envolvimento com drogas, as buscas de reconstrução e a velhice do músico. A HQ comportava mais umas cem páginas, pois, ocorreu uma aceleração dos eventos e muitas lacunas ficaram após a apresentação no presídio de Folsom. 

Fiz a leitura escutando músicas de Johnny Cash. 

Na imagem abaixo (youtube) a parceria de Bob Dilan e Cash na música Wanted Man


Parabéns Kleinst e vou para a próxima das tuas HQs: "O Boxeador".    

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