As dificuldades com calçamentos era um dos principais problemas urbanos. As ruas, quando calçadas com pedras (rochas), eram irregulares e com buracos provocando acidentes envolvendo carroças e cavalos. O som do arrastar lento das carroças pesadas no piso, eram um fator de poluição sonora considerável para os moradores das cidades brasileiras. Além da quebra de eixos e mutilações em cavalos.
No jornal Bisturi de agosto de 1892 está se discutindo o projeto de colocação de calçamento com paralelepípedo na cidade. Entre 1856-1862 começou uma lenta colocação de pedras irregulares nas ruas do centro da cidade, com intensificação da área pavimentada em 1874. Porém, as pedras era muito irregulares e a maioria arredondadas e não planas. O paralelepípedo, que começou a ser colocado em São Paulo na década de 1870, permitia um equilíbrio na superfície que reduzia o atrito, os desníveis e o barulho. Ao longo do tempo, na dependência do fluxo e do peso de tráfego, formava ondulações e muitos problemas... Mas, fica a pergunta, quando os paralelepípedos passam a ser colocados em Rio Grande?
Bisturi, agosto de 1892. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
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